Declarações dos treinadores do Sporting de Braga e do Desportivo de Chaves após o jogo da oitava jornada da I Liga de futebol, hoje disputado em Braga e que os bracarenses venceram (1-0).
José Peseiro (treinador do Sporting de Braga): "O Chaves jogou até ao golo muito baixo, com linhas muito curtas, bem organizado, provocando o erro para contra-atacar e não é fácil jogar com uma equipa destas, porque não é fácil nem possível jogar rápido quando não há espaço para isso, mas fizemos uma boa exibição e tivemos duas situações claras para fazer golo na primeira parte.
Na segunda parte entrámos bem, a jogar bem, chegámos ao golo e sofremos quando o Chaves começou a jogar direto, não em transição, aí passámos a jogar menos bem, a não conseguir controlar o jogo e ter a bola, apesar de ter alterado a equipa para isso, mas desgastámo-nos muito na procura do golo, além do desgaste de um jogo [com o Konyaspor, da Liga Europa, na quinta-feira] e uma viagem [Turquia] e tudo isso tem incidência emocional e física nos jogadores.
O resultado é justíssimo, fizemos tudo para vencer, jogando bem em alguns momentos e menos bem noutros.
[Satisfeito com os dois pontas-de-lança de início?] Desde o início que dissemos que temos duas estruturas, o 4x2x3x1 e o 4x4x2 e, se há treinador que gosta e pôs as suas equipas a jogar bem, sou eu. Esta equipa é nova, teve alterações significativas no seu plantel, não estamos a jogar o futebol que gostaríamos, mas temos 17 pontos, com o Benfica jogámos melhor e levámos 6-1 nos dois jogos [3-1 na Supertaça e 3-0 no campeonato].
A equipa pode subir de produção e, com tempo e vitórias, vai jogar mais e ganhar mais vezes. Há quanto tempo o Braga não tinha esta média de mais de dois pontos por jogo? Se calhar desde quando lutou pelo título.
O terceiro lugar vale o que vale, são oito jogos, tomáramos ser a posição no final".
Jorge Simão (treinador do Desportivo de Chaves): "Não consigo lembrar-me de mais nada [que tenha faltado] para além de não termos marcado.
Tenho uma ideia forte na cabeça: preferia sair daqui derrotado, mas convencido, mas não estou convencido, não acho de todo que o resultado espelhe o que se tenha passado.
A primeira parte foi amorfa, de parte a parte, o Braga teve duas situações de golo, mas na segunda parte o filme de jogo é completamente diferente, metemos uma bola na barra e depois há o lance na área [do Chaves] que, mesmo que me digam que a bola bate no cotovelo, parece que é a realidade, as instruções que tivemos de um árbitro que foi a Chaves é que, tudo do que sejam bolas rápidas, a curta distância, a bater nos braços, iam deixar seguir porque não há possibilidade do jogador tirar os braços a tempo.
A partir daí só deu Chaves, tivemos algumas oportunidades, a mais clara é neste último lance.
[A equipa sentiu as várias baixas?] Nem consigo pensar nisso, mas não, não se notou muito as baixas, temos um plantel com 23 jogadores de campo, mais três guarda-redes e, se eles estão cá, é porque todos têm valor, o que me dá mais prazer é se A não joga, joga B ou C e fizemos esta segunda parte e criámos estas dificuldades ao Braga.
A nossa luta é pontual, queria acabar esta jornada com 15 pontos e, não sendo possível, com 13. Queremos é somar pontos na nossa luta pelos 40 pontos, ficam a faltar-nos 28".
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