Capitão do Paços triste por não jogar, mas respeita opção do treinador

Com mais de 200 jogos pelo Paços em todas as competições, Ricardo iniciou a época a titular, disputando as primeiras sete jornadas da I Liga, mas a ausência no jogo da Taça de Portugal nas Aves, (vitória por 2-1, após prolongamento), a 15 de outubro, repetiu-se a seguir com o Nacional (1-1), para o campeonato, no primeiro de dois jogos diante dos insulares.

"Ninguém gosta de ficar de fora e, se me perguntarem, tenho de dizer que fico triste, mas o importante é que qualquer jogador saiba ocupar o seu papel na equipa. A opção é dele [treinador Carlos Pinto] e respeito, mas, repito, o mais importante não sou eu, mas o Paços de Ferreira, e todo o meu comportamento será sempre em função do que será melhor para o clube", afirmou Ricardo.

O experiente defesa, de 36 anos, fez estas declarações à agência Lusa dois dias depois de ter marcado pela primeira vez na sua carreira dois golos num jogo (Ricardo anotou dois dos quatro golos com que o Paços de Ferreira venceu o Nacional para a Taça da Liga, na terça-feira).

"Nunca me tinha acontecido, tão pouco sou um central com muita apetência para fazer golos e nem nos melhores sonhos imaginei que tal pudesse acontecer. No balneário, houve algum entusiasmo, normal entre colegas e para com aquele que não está tão habituado a marcar, mas isso também é fruto do bom ambiente no balneário", referiu.

Sobre os eventuais efeitos da goleada ao Nacional nos próximos jogos do Paços, Ricardo disse serem difíceis de calcular, até pela natureza das competições, e focou-se no próprio jogo da Taça da Liga, reconhecidamente um dos mais conseguidos pela equipa esta temporada.

"Esta vitória pouco se pode relacionar com os jogos futuros ou o campeonato, mas, de certeza, fez o ‘mister’ feliz e os responsáveis felizes, pois deu para ver que [o treinador] tem todos os jogadores como opção válida", concluiu.