Um golo de Lisandro López, nos descontos, valeu hoje ao tricampeão Benfica um empate (1-1) com sabor a vitória no Dragão, num clássico da 10.ª jornada da I Liga de futebol que o FC Porto dominou quase sempre.
A formação portista criou mais e melhores oportunidades, esteve quase sempre por cima e a vencer desde os 50 minutos, com um tento de Diogo Jota, mas, quando tudo parecia decidido, embora os ‘dragões’ se tenham colocado a jeito, ao recuarem no terreno, dois suplentes ‘encarnados’ empataram o jogo.
André Horta centrou da esquerda, depois de um canto, escusadamente cedido por Herrera e marcado à maneira curta, e o central argentino saltou mais do que todos e cabeceou fora do alcance de Casillas, ‘gelando’ o anfiteatro portista.
Num jogo em que quase não criou ocasiões de golo, o Benfica segurou os cinco pontos à maior sobre os ‘dragões’ e manteve-se como a única equipa invicta na prova, já com a deslocação ao seu reduto mais complicado efetuada e mais jogos fora.
Os ‘encarnados’ sobreviveram ao teste do Dragão e fizeram-no com uma equipa claramente diminuída: Grimaldo, Fejsa, Jonas, Rafa e Jardel não atuaram e o ‘capitão’ Luisão lesionou-se e foi substituído logo aos 17 minutos.
Lisandro López foi o escolhido para entrar e cotou-se, claramente, a grande figura do encontro, especialmente pelo golo, mas também por tudo o que fez defensivamente, com uma série de cortes preciosos.
Em relação aos jogos da ‘Champions’, a meio da semana, o Benfica trocou duas peças, devido às lesões de Grimaldo e Samaris, substituídos por Eliseu e Samaris, enquanto o FC Porto só mudou uma, mas mexeu no esquema tático, trocando o ‘4-1-3-2’ pelo ‘4-3-3’, com Corona e sem Herrera.
Depois de breves de cinco minutos de ‘estudo’, o FC Porto assumiu rapidamente as despesas do jogo, instalando-se no meio campo e efetuando os primeiros remates, sem grande perigo, por André Silva (seis minutos) e Alex Telles (oito).
Com dificuldades em ter a bola, o Benfica só respondeu, e com um remate muito torto de Gonçalo Guedes, aos 12 minutos, mas, logo depois, aos 14, os locais quase marcaram, só que Corona, isolado por Diogo Jota, enrolou-se com a bola.
A pressão portista continuou e, aos 22 minutos - cinco depois de Luisão sair lesionado, cedendo o lugar a Lisandro -, André Silva, com um remate de primeira, após mau alívio de Samaris, fez a bola passar muito perto do poste esquerdo.
Dois minutos volvidos, Óliver isolou Corona, que apareceu sobre a esquerda, mas Ederson fez muito bem a ‘mancha’ e segurou a igualdade. Marcano e Diogo Jota também tentaram, enquanto o Benfica só reapareceu no ataque após a meia hora.
Duas iniciativas de Nelson Semedo ‘assustaram’ um pouco o FC Porto, que continuou a dominar, mas não se livrou de um calafrio, aos 44 minutos, quando Felipe, apertado por Lindelöf, fez bola embater de raspão no poste esquerdo da sua balzia, após canto de Pizzi na direita. Salvio ainda cabeceou por cima.
Os ‘encarnados’ pareceram entrar para a segunda vontade com vontade de equilibrar mais a contenda, mas, desta vez, o FC Porto marcou logo na primeira ocasião, aos 50 minutos.
Corona ‘furou’ pelo centro da defesa ‘encarnada’ e serviu Diogo Jota, que, já na área, sobre a esquerda, passou por Nelson Semedo e, já com pouco ângulo, rematou forte, com a bola a entrar junto do poste direito da baliza de Ederson.
Em desvantagem, Rui Vitória fez sair Cervi e entrar André Horta para o meio campo, aos 59 minutos, e o Benfica passou, rapidamente, a ter mais bola, com Samaris, logo depois, aos 61, a obrigar Casillas a aplicar-se.
A resposta de Nuno Espírito Santo chegou aos 66 minutos, com Ruben Neves a entrar, juntando-se à frente da defesa a Danilo, e Corona a sair, depois de ganhar um livre à entrada da área, marcado por Alex Telles e detido por Ederson.
Depois, aos 73 minutos, Jiménez substituiu Salvio, ao mesmo tempo que Layún trocou com Óliver, mas nada mudou, com o Benfica a tentar, mas a não conseguir mais do que inofensivos remates, de André Horta, Lisandro e Samaris.
Mais recolhido, o FC Porto foi conseguindo segurar a vantagem sem passar por grandes aflições, com Nuno ainda a tirar Diogo Jota, para a ‘ovação’, e a colocar Herrera, que acabaria por estar na origem do golo ‘encarnado’, ao ceder um canto que daria a igualdade a Lisandro.
Na última jogada, Ederson ainda falhou um corte, mas Rúben Neves devolveu-lhe a bola para as mãos e o jogo terminou, com festa ‘encarnada’ e grande desilusão dos ‘azuis e brancos’.
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