Nunca houve tantas jogadoras de futebol federadas como as que foram registadas em novembro de 2016, com 3.113 inscrições na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mais 630 do que no período homólogo.
Este registo representa um crescimento de cerca de 20 por cento, sendo que as inscrições ainda estão abertas e que mais de metade das praticantes têm menos de 19 anos.
"É com orgulho e satisfação que lemos estes números. Este máximo histórico está diretamente ligado ao plano de desenvolvimento que a FPF tem implementado, e que passa, entre outras medidas, pelo aumento do número de equipas femininas e o lançamento de novas competições, com destaque para a criação do campeonato nacional de juniores feminino, na época passada, e a Liga de Futebol feminino Allianz, esta temporada", referiu a diretora da FPF, Mónica Jorge, em declarações ao sítio da FPF, satisfeita com a “evolução sustentada” do futebol feminino em Portugal.
Mónica Jorge destaca ainda o facto positivo de haver “mais 23 equipas no campeonato nacional de juniores feminino da época 2015/16 para a de 2016/17”, mas alerta que “há ainda muito trabalho a fazer para que Portugal se aproxime dos níveis de participação que se verificam noutros países europeus”.
O objetivo, segundo aquela dirigente, é "colocar Portugal no ‘top-25’ mundial até 2020”, o que passa por dar continuidade ao trabalho “a partir da base e em estreita colaboração com clubes, treinadores, o desporto escolar e as associações”.
“Também continuaremos a apostar na melhoria de recursos humanos e condições de treino, bem como na promoção de torneios regionais e nacionais nos escalões mais jovens, aquilo a que chamamos de Festa do futebol feminino. Só assim conseguiremos encurtar distâncias", explicou Mónica Jorge.
A seleção nacional AA feminina logrou, no passado mês de outubro, o apuramento para a fase final do Euro2017, que se realiza na Holanda, o que constituiu feito inédito e histórico.