O Sporting venceu hoje o Praiense por 5-1, apurando-se para os oitavos de final da Taça de Portugal de Portugal em futebol, mas só desbloqueou o jogo na segunda parte, quando os açorianos foram à procura do empate.
O resultado não expressa as dificuldades sentidas pelo Sporting, porque, a partir do meio da segunda parte, o Praiense, após sofrer o 2-1 logo aos 47 minutos, quis ir à procura do empate, subiu um pouco mais as linhas e a expôs-se mais do que o fizera até aí ao ataque ‘leonino', que pôde finalmente ‘respirar' nos espaços que passou a dispor.
Os ‘leões’ chegaram mesmo a estar a perder, com um golo logo aos dois minutos, por Filipe Andrade, mas deram a volta ao resultado, por Paulo Oliveira (21), Adrien (47 minutos), de grande penalidade, Bruno César (62) e André (79 e 88).
Jorge Jesus apresentou uma equipa formada maioritariamente por jogadores pouco rodados - só Adrien e Bruno César tinham estatuto de titular -, ansiosos por mostrar serviço, mas com défice de confiança e de ritmo de competitivo, o que viria a condicionar a exibição coletiva.
O Praiense conseguiu, também por mérito próprio, criar problemas ao ataque do Sporting durante toda a primeira parte, à custa de uma boa organização defensiva que lhe permitiu quase sempre ocupar bem os espaços e fechá-los, aliado a uma boa atitude competitiva dos seus jogadores, agressivos na marcação e recuperação da bola e com sentido de entreajuda.
Antes mesmo de poder evidenciar tais méritos, o Praiense chegou ao golo logo aos dois minutos, de Filipe Andrade, que apanhou a bola a saltitar a 25 metros da baliza e, beneficiando de uma abordagem frouxa ao lance por parte de Jefferson, aplicou um remate em arco que surpreendeu o guarda-redes Beto.
Durante toda a primeira parte o Sporting não conseguiu romper as linhas defensivas do Praiense, razão pela qual não criou - exceção feita ao lance de bola parada que esteve na origem do 1-1, pelo central Paulo Oliveira, na sequência da marcação de um canto - oportunidades flagrantes de golo e a sua defesa apanhou mais dois sustos aos 28 e 35 minutos em lances de contra-ataque dos açorianos.
A explicação para tão fraca produtividade ofensiva esteve na baixa intensidade de jogo que a equipa apresentou, sem capacidade para imprimir mudanças de velocidade, variações de flanco, e na falta de entrosamento entre jogadores que raramente jogam juntos.
Na segunda parte, o Sporting marcou o segundo golo de penálti, por Adrien, a castigar um derrube a Bruno César - o melhor em campo – e a partir daí o jogo desbloqueou-se para os ‘leões’, porque o Praiense não se conformou e quis ir à procura do empate, subindo um pouco as linhas, o suficiente para abrir espaços que não tinha aberto até aí, sendo por isso penalizado.
Aos 53 minutos, Castaignos, que nunca se conseguiu livrar das marcações, surgiu isolado e quis fazer o golo de ‘trivela', acabando por efetuar um remate que o embaraçou e que saiu perto da linha lateral.
O terceiro golo, por Bruno César, aos 62 minutos, surgiu naturalmente, tal como o quarto e o quinto golos, ambos a passe do médio brasileiro para André, que entrou aos 78 minutos para o lugar de Castaignos, e soube aproveitar o facto da defesa do Praiense já ter "baixado a guarda" e acusar o desgaste da partida.
Quem aproveitou a oportunidade de Jorge Jesus foram Paulo Oliveira, Elias - boa exibição a fazer de William - e Bruno César, ao contrário de Matheus Pereira, ansioso e a acusar o facto de as coisas não lhe terem saído bem de início, Alan Ruiz, muito parado, à espera da bola, e a jogar para si, e Castaignos, muito esforçado, mas tecnicamente limitado e sem espontaneidade no remate.
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