O Sporting de Braga, algo feliz, recuperou hoje o quarto lugar na tabela classificativa, ao vencer o Marítimo, no Funchal, por 2-1, em encontro da 23ª jornada da Liga portuguesa de futebol.
O jogo revestia-se de importância extra para os dois conjuntos, com os anfitriões a não quererem deixar fugir o extenso comboio de clubes candidatos ao quinto lugar e a presença na Taça UEFA na próxima época.
Enquanto isso, a turma comanda por Jorge Costa vinha à Madeira com o nítido propósito de reconquistar o quarto lugar da tabela classificativa, perdido sábado para o Belenenses, quando os ''azuis'' receberam e venceram o Aves, na abertura desta 23ª jornada.
A pressão estava mais do lado da turma de Ulisses Morais, que não vencia há três jornadas e vinha de um frustrante empate em Aveiro, frente ao Beira-Mar, consentido nos últimos instantes da partida.
Já os bracarenses, que vinham de uma vitória caseira sobre a Naval, tinham como preocupação o facto histórico de não vencerem nos Barreiros desde a época 1990-91 e de quererem vingar a goleada imposta pelos madeirenses (4-1) na primeira volta.
Ambas as equipas apresentavam baixas importantes, casos do zambiano Mbesuma (o melhor marcador da equipa) e do central chileno Alex, ambos por terem chegado atrasado dos compromissos das suas selecções e de Diogo Valente, o extremo-esquerdo emprestado pelo FC Porto, isto no caso do Marítimo.
Na turma ''arsenalista'', as ausências notadas foram as do ''capitão'' Paulo Jorge (castigado) e de Andrés Madrid, lesionado.
Num jogo de tudo ou nada, ambos os técnicos decidiram apostar em ''onzes'' apenas com três defesas, com Ulisses Morais a usar o holandês Arvid como jogador que podia chegar mais à defesa, para vigiar João Pinto, e Jorge Costa, mais afoito, a colocar em campo mais um médio ofensivo, no caso Vandinho, jogando também com central Nem e o ''misto'' Frechaut.
Os esquemas deram os seus frutos logo nos instantes iniciais, já que, logo aos três minutos, os bracarenses ameaçaram, mas Zé Carlos, isolado e em posição duvidosa, atirou para defesa de Marcos.
Na resposta, aos cinco minutos, Lipatin serviu de ''bandeja'' no centro da área Marcinho, que desferiu um remate sem defesa para Paulo Santos.
Contra a corrente do jogo, os nortenhos obtiveram o empate, aos 27 minutos, através de Wender, que, na área, aproveitou um mau alívio da defesa maritimista, após livre da direita de Andrade, para fazer o golo com um remate sem defesa para Marcos.
Até final da primeira parte, os ''verde-rubros'' procuraram sempre pressionar a equipa adversária, com o adiantamento dos laterais, mas os bracarenses mostraram-se sempre perigosos no contra- ataque e, principalmente, nos livres, que, constantemente, Carlos Xistra apontava.
Na segunda parte, o Marítimo manteve a iniciativa do jogo, mas o Sporting de Braga ameaçou também, através de Wender e de Maciel, respectivamente, aos 52 e 54 minutos.
Aos 64 minutos, Ulisses Morais decidiu arriscar, tirando o médio Olberdam, por troca com o ponta-de-lança Moukouri.
No entanto, a troca revelou-se infrutífera e, quando o empate parecia ser o desfecho final, os visitantes, algo fortuitamente, chegaram à vitória, através de um golo de Maciel, apontado aos 91 minutos, algo que os madeirenses se têm habituado nas últimas partidas.
LUSA