O Paços de Ferreira, em inferioridade numérica desde os 54 minutos, recebeu e venceu hoje merecidamente o Boavista por 2-1, em jogo intenso da 12.ª jornada da I Liga de futebol.
Marco Baixinho, defesa hoje utilizado como médio defensivo, fez o primeiro golo para os pacenses aos 18 minutos, antes de Welthon, aos 27, anotar o segundo. Renato Santos, aos 55, ainda reduziu para o Boavista, de grande penalidades, fixando o resultado final.
O jogo só conheceu alguma incerteza depois da expulsão de Miguel Vieira, por acumulação de amarelos, aos 54 minutos, num lance de que resultou a polémica grande penalidade convertida pelo Boavista e que fez a equipa de Miguel Leal acreditar ser possível evitar a derrota.
Vasco Seabra, que substitui Carlos Pinto no ‘banco' do Paços de Ferreira, fez regressar ao ‘onze' André Leal, sem jogar para o campeonato desde 11 de setembro, e Ivo Rodrigues, em substituição de Barnes e Mateus, este último titular absoluto nas 11 jornadas anteriores.
Lesões e, sobretudo, castigos voltaram a condicionar as escolhas de Miguel Leal, no Boavista, que iniciou o jogo com três novidades: o defesa Lucas, após castigo, o médio Samu, em estreia absoluta a titular, e ainda o avançado Iuri Medeiros, por troca com Fábio Espinho, lesionado, Anderson Correia e Anderson Carvalho.
As duas equipas encaixaram no sistema, um 4-3-3 mais móvel e dinâmico nos locais, hoje uma equipa mais solidária que o habitual e que surpreendeu de início os boavisteiros, demasiado dependentes da criatividade dos alas Iuri e Renato Santos.
Mais agressivos sobre a bola, os pacenses souberam fechar os corredores, limitando, assim, a construção de jogo dos ‘axadrezados', e, em posse, conseguiam atacar com quatro ou mais elementos.
O domínio inicial do Paços só deu, no entanto, resultados aos 18 minutos, numa fase mais equilibrada do jogo, quando Marco Baixinho aproveitou uma saída em falso de Aghayev para colocar a bola na baliza deserta.
O Boavista tentou reagir, mas revelou sempre dificuldade em ter bola e, no ataque, não foi além da conquista de vários pontapés de canto. Sempre mais perigoso, o Paços, na resposta, ficou perto do segundo golo, aos 23 minutos, mas Welthon, na pequena área, falhou a baliza, após uma boa triangulação envolvendo André Leal e Gleison.
O avançado brasileiro redimiu-se quatro minutos depois, ao anotar, de primeira na pequena área, o segundo dos locais, a passe de André Leal.
No início da segunda parte, Welthon desperdiçou o terceiro golo e a possibilidade de ‘fechar' o jogo para os pacenses, que viriam a sofrer o tento do Boavista, aos 55 minutos, na transformação de um penálti por alegada carga de Miguel Vieira sobre Iuri Medeiros, que Renato Santos converteu.
Este lance mexeu com o jogo e fez os ‘axadrezados', em superioridade numérica, acreditar que era possível anular a desvantagem, mas as substituições operadas por Miguel Leal, incluindo Idé Gomes, em estreia absoluta, não tiveram o resultado esperado. O ‘gigante' guineense falhou mesmo no fim do jogo o empate no lance mais perigoso do Boavista.
Sempre muito solidários, os pacenses conseguiram fechar os espaços e, em contra-ataque, já nos descontos, até podiam ter feito o terceiro golo, por Barnes, mas a vitória não viria a escapar à equipa seis jogos depois.
Com este resultado, o Paços (12.º classificado) igualou os 13 pontos do Boavista (13.º) e escapou aos últimos lugares.
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