Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, ligada ao FC Porto, atribuiu hoje a principal responsabilidade dos incidentes de domingo na Luz ao Benfica, mas defende a ''punição'' dos prevaricadores ligados aos ''azuis e brancos''.
''O Benfica não pode refutar as suas culpas, tirar água do seu capote, pois coube-lhe a preparação e segurança do jogo, enquanto clube organizador'', começou por explicar, em declarações à Agência Lusa.
As várias ''falhas'' cometidas pelo clube lisboeta foram enumeradas por Fernando Madureira: ''o primeiro erro foi colocarem-nos no terceiro anel, o segundo o de utilizar uma só porta para entrarem 3.500 adeptos do FC Porto e também sócios do Benfica. A revista aos nossos elementos foi igualmente mal feita pelos 'stewards', pagos e colocados lá pelo Benfica''.
''A uma hora do início da partida, já dentro da área do perímetro do jogo, havia centenas de garrafas no chão que serviram para ser arremessadas contra os adeptos do FC Porto'', lamentou, acusando também as claques benfiquistas de ''atirar tochas e latas de fumo quando as equipas entraram em campo''.
Quanto ao arremesso de objectos e petardos pelos portistas que feriram homólogos benfiquistas no anel inferior, Fernando Madureira sublinhou que ''o Estádio da Luz é moderno, serviu o Euro2004 e tem inúmeras câmaras de vigilância''.
''Usem-nas para identificar, culpabilizar e responsabilizar os dois ou três elementos que erraram, em vez de se criticar uma toda uma massa adepta ou a nossa claque. Provavelmente foram adeptos do FC Porto, mas não sei se foi um dos nossos elementos'', sustentou.
O dirigente dos Super Dragões deixou um alerta ao Benfica, aconselhando o clube a ''corrigir os erros, de forma a que, daqui a três semanas, não se repitam os problemas no jogo com o Sporting, um desafio com as mesmas características e importância do de domingo''.
Fernando Madureira considera que ''as claques devem ser as principais promotoras da festa no futebol, como aconteceu com os Super Dragões na Luz, que não se calaram durante os 90 minutos, silenciando 60.000 benfiquistas''.
''É complicado controlar uma claque, principalmente quando existe uma grande rivalidade entre os intervenientes, mas apelamos sempre à calma e civismo dos nossos. Agora, o importante é que todos trabalhem juntos de forma a que nada disto se repita no futuro'', concluiu.
LUSA