Primeira Liga: Nacional - Tondela (declarações)

Manuel Machado (treinador do Nacional): “Foram duas partes muito diferentes, mas tenho que admitir que se o resultado tivesse sido um empate não seria diferente, estaria aqui a dizer-vos o mesmo.

Foi um jogo com dois tempos. Um primeiro tempo que premeia de facto a equipa que foi mais inteligente, mais lúdica, mais eficaz. E, quando o resultado chega com 2-0 ao intervalo, estava feita justiça ao desempenho de uma e de outra equipa.

Julgo que é na conjugação de três fatores que as coisas se alteraram, a atitude, que vai no sentido do que já disse de acreditar até ao fim, a alteração tática, que vem no sentido um pouco de ‘quem não tem cão, caça com gato’, e, por isso, tendo fora o Ricardo Gomes, o Cádiz ou o Hamzauoi - que são jogadores que podem jogar na área -, sem ter alternativa, a solução foi pôr um central (César), o que é mais técnico, a jogar com segundo ponta de lança. Já o terceiro fator é uma ponta de felicidade, que é sempre importante também”.

Ao intervalo, disse aos meus jogadores simplesmente que o jogo estava aberto até ao final e que era preciso manter a organização, ter uma atitude que fosse no sentido de acreditar até ao fim e acho que a mensagem acabou por passar”.

Petit (treinador do Tondela): “É futebol e temos que aceitar o resultado.

Fizemos uma excelente primeira parte, penso que dominámos completamente, fizemos dois golos e podíamos ter feito mais um ou outro. Jogámos bem, criámos boas oportunidades de golo, circulando bem a bola e fomos uma equipa compacta e agressiva.

Na segunda parte, demos os três pontos ao Nacional. Penso que não existimos, não fomos equipa. Os blocos estiveram muito longe uns dos outros.

Sabíamos que depois do intervalo, o Nacional iria intensificar o seu jogo mais direto e, depois, em duas ou três jogadas, em que estamos sozinhos, não houve comunicação da nossa parte e cedemos cantos. E os cantos muitas vezes galvanizam uma equipa e foi o que aconteceu com o Nacional”.