O Boavista ainda vive com "muita dificuldade" e só este mês vai pagar "800 mil euros" ao Fisco e à Segurança Social, disse, na quarta-feira, o seu presidente, João Loureiro, no jantar de natal do clube.
O dirigente acrescentou que "o pagamento à Autoridade Tributária já foi feito esta semana".
Sob o mote 'Todos pelo Boavista', o jantar reuniu mais de 200 pessoas no Palácio da Bolsa e, entre elas, estavam os presidentes da câmara local, Rui Moreira, e da Associação de Futebol do Porto, Lourenço Pinto.
O autarca deu uma 'prenda' ao clube, anunciando que a formação e o futebol feminino 'axadrezados' passarão a utilizar "proximamente" o complexo desportivo que o Inatel possui na cidade, cuja remodelação, que a Câmara assumiu, está quase pronta.
"É a forma de compensar o Boavista pelas injustiças que foram feitas no passado", afirmou.
Rui Moreira referiu ainda que o Boavista "é o clube mais eclético da cidade, que não descura a formação" de jovens atletas.
João Loureiro saudou "o maior presidente de sempre do Boavista", o seu pai Valentim Loureiro, que foi ao jantar, e afirmou que o clube é "muito maior do que algumas pessoas pensam, em termos sociais".
Recordou que o Boavista enfrenta ainda muitas dificuldades, nomeadamente para poder cumprir os acordos estabelecidos para a regularização das suas dívidas ao Fisco, à Segurança Social e a outros credores
É no âmbito desses acordos que a instituição, "só este mês, vai pagar 800 mil euros à Autoridade Tributária e à Segurança Social", exemplificou o líder boavisteiro.
"As pessoas não fazem ideia do que é o dia-a-dia do Boavista", disse João Loureiro, referindo que o orçamento para o futebol é "metade do salário de um grande treinador que toda a gente conhece", numa aparente alusão ao técnico do Sporting, Jorge Jesus.
O dirigente reafirmou ainda a convicção de que o Boavista "vai alcançar o objetivo definido para esta época, que é atingir a manutenção mais cedo" do que na época passada.
João Loureiro disse ainda que "o Boavista é, muito provavelmente, o clube mais eclético de Portugal, movimentando 1.600 atletas em diversas modalidades.
O dirigente aproveitou ainda para dizer que "muito dificilmente o Boavista recuperará todos os créditos" a que, em sua opinião, tem direito, sobretudo pela construção do novo Estádio do Bessa.