O técnico do Benfica, Fernando Santos, rejeitou hoje a hipótese de se colocar em causa a atitude e entrega da equipa devido aos últimos resultados obtidos, enaltecendo o esforço dos futebolistas que lutaram ''até à exaustão''.
''Não permito que acusem os jogadores de falta de atitude, porque isso não é verdade. Se tivéssemos marcado uma das oportunidades estava tudo em festa. A entrega e aplicação da equipa não pode ser posta em causa'', afirmou em conferência de imprensa.
Fernando Santos confessou, no entanto, que o momento é de desânimo para o plantel, pois todos queriam passar às meias-finais da Taça UEFA.
''Foi um momento de desânimo a seguir ao jogo para todos os adeptos, mas mais duro para jogadores e treinador. Deram tudo o que tinham, foram até à exaustão mas não conseguiram concretizar'', disse.
O técnico acrescentou ainda: ''São jogadores de carácter e sabem que ainda existem seis jogos para disputar, temos que levantar a cabeça para cumprir o nosso trabalho até ao fim''.
Fernando Santos garantiu que o grupo de trabalho, encabeçado por ele próprio, assume sempre as suas responsabilidades, não se escondendo nos momentos difíceis.
''Os treinadores são sempre responsáveis e as minhas não as chuto para o lado. Somos todos responsáveis e o comandante é sempre o primeiro a assumir. O céu não me caiu na cabeça porque não me ponho em bicos de pés nas vitórias e não me deixo ir a baixo nas derrotas'', referiu.
O Benfica está há quatro jogos (dois para o campeonato e dois para a Taça UEFA) sem vencer, mas Fernando Santos garante que a equipa vai reagir da melhor maneira.
''Estar há quatro jogos sem vencer não é positivo e nós somos os primeiros a ficar insatisfeitos. Não é agradável mas sabemos como responder, eles têm sempre dado tudo e não há nada a apontar'', defendeu.
A terminar, o técnico explicou que para se estar a lutar por várias competições é necessário em plantel equilibrado, mas voltou a enaltecer o trabalho feito pelos seus jogadores.
''Sabemos que para estar em duas ou três competições é preciso ter equilíbrios e quando mais se avança, tornasse menos fácil de gerir. Os jogadores fizeram tudo durante cinco meses e é injusto que por dois jogos se diga que a equipa não deu tudo'', concluiu.
LUSA