O judo português terá no sábado um novo líder, num dia em que vão a eleições para a direção do organismo Jorge Fernandes e António Pedroso Leal, presidentes das associações de Coimbra e Santarém, respetivamente.
O presidente ainda em exercício, Manuel Costa e Oliveira, chegou a anunciar em junho a recandidatura, antes dos Jogos Olímpicos Rio2016 e da modalidade voltar a conquistar uma medalha, por Telma Monteiro, mas acabou por não avançar.
“Tomei outra opção, não sou candidato. Espero que ganhe o melhor, é a democracia a funcionar”, disse Manuel Costa e Oliveira à agência Lusa, esclarecendo que publicamente não dará apoio a nenhum dos candidatos.
Na corrida estão novamente Jorge Fernandes, da Associação de Coimbra, que tinha perdido para Manuel Oliveira nas últimas eleições, e António Leal, uma novidade e que vem da Associação Distrital de Judo de Santarém.
“Espero que todos os delegados exerçam o direito que têm, desta vez as pessoas estão prevenidas”, frisou Jorge Fernandes à Lusa, referindo que no último ato eleitoral perdeu a votação ‘in extremis’, com um delegado que não pôde votar.
Na Assembleia eleitoral apresentam-se 69 delegados, necessitando o futuro presidente da Federação (FPJ) de 35 votos, situação que Jorge Fernandes encara com otimismo, considerando ter, pelo menos, 50 delegados do seu lado.
Se vencer, o candidato contará com a ex-judoca olímpica Sandra Godinho para a Assembleia Geral, Vítor Antunes (atual vogal) para o Conselho Fiscal e Nuno Carvalho (atual presidente do órgão) para o Conselho de Arbitragem.
Uma novidade poderá ser o regresso de Luís Monteiro, antigo diretor-técnico nacional, à FPJ, desta vez para aquilo que será designado de diretor de alta competição.
O também candidato António Pedroso Leal espera ter a sensibilidade das associações e delegados nos apoios que diz ter granjeado para a FPJ, nomeadamente em relação a um investimento financeiro de um grupo empresarial.
“Qualquer candidato espera ganhar”, referiu António Leal, salientando que o seu apoio está a alargar e que a sua candidatura é uma alteração do paradigma do judo nacional, com uma forte “aposta no desenvolvimento regional”.
António Leal diz que a sua candidatura tem a garantia de um apoio que alocará uma importante soma de dinheiro (um milhão de euros) para o desenvolvimento regional, explicando que se trata de uma empresa cujos proprietários estiveram ligados ao judo.
Para o presidente da Associação de Santarém esse mesmo grupo empresarial terá apenas como “contrapartida o patrocínio na federação”.
O responsável explicou ainda que continua a ‘contabilizar’ apoios na corrida à presidência da FPJ, considerando que neste momento está “numa relação de paridade em relação à candidatura concorrente”, mas que continua a reunir para mostrar o seu projeto.
“Há um crescendo para mostrar às pessoas, que vai abrindo a consciência das pessoas para o que está em cima da mesa. Estou tranquilo, os ecos que vou recebendo são positivos”, assinalou.
Na sua lista, António Leal conta com Paulo Canto e Castro para a Assembleia Geral (atual membro) e com João Carvalho das Neves, candidato derrotado no último ato eleitoral, para presidente do Conselho Fiscal.
Em relação ao papel de diretor técnico nacional, o candidato disse que o cargo "ainda não está" consignado, mas que as funções que "até agora estavam na esfera do DTN serão atribuídas a um membro da direção", que desde logo assumirá a relação com os treinadores nacionais.