O Benfica cedeu hoje um empate 3-3 na receção ao Boavista, em jogo da 17.ª jornada da Primeira Liga que esteve a perder por 3-0, e pode ver agora FC Porto e Sporting aproximarem-se do primeiro lugar.
Num desafio frenético no Estádio da Luz, com 57.480 pessoas nas bancadas, o Boavista adiantou-se no marcador com golos de Iuri Medeiros (14 minutos), Lucas (20) e Schembri (25), tendo o Benfica respondido com os tentos de Mitroglou (41), Jonas (53), este na conversão de um penálti, e Fábio Espinho (67), na própria baliza.
Depois da consistência exibida nos dois triunfos com o Vitória de Guimarães, para o campeonato e Taça da Liga, Rui Vitória mudou cinco jogadores e o Benfica assinou, simplesmente, a pior primeira parte da temporada. Por sua vez, Miguel Leal manteve o 'onze' que vencera o Vitória de Setúbal na jornada anterior e viu a sua equipa brilhar no Estádio da Luz.
Após um início morno, o Benfica esteve muito perto de chegar ao golo aos 12 minutos, quando Gonçalo Guedes falhou isolado perante Agaev, num lance que podia ter originado um desafio muito diferente. Ao desperdício do Benfica, o Boavista aplicou um castigo letal e marcou três golos em apenas 'onze' minutos.
Primeiro, Iuri Medeiros, na conversão superior de um livre direto, inaugurou o marcador aos 14, a seguir, Lucas, com um cabeceamento certeiro na sequência de um livre, ampliou aos 20 e, por fim, Schembri, aos 25, finalizou um contra-ataque eficaz dos 'axadrezados'. Tudo simples e sem necessidade de jogar com um 'autocarro', como o técnico Miguel Leal chegara a admitir.
Já entre os 'encarnados' tudo o que podia correr mal, corria. Sem qualquer acerto nas marcações defensivas, com uma postura algo apática e com erros atrás de erros na sua construção, o Benfica de Rui Vitória vivia uma tarde de pesadelo. E como um mal nunca vem só, nem o ataque conseguia demonstrar a eficácia de outros jogos e desperdiçava as ocasiões criadas.
Apesar do apoio e da confiança que era transmitida pelos adeptos a cada golo do Boavista, no relvado, o campeão nacional respondia apenas com nervosismo, desorientação e imprudência. Rui Vitória reagiu e lançou aos 37 o grego Mitroglou, que precisou de quatro minutos de jogo para reduzir para 3-1 e devolver a crença ao Benfica antes do apito para o intervalo.
No regresso dos balneários, Luisão não voltou e surgiu no seu lugar o extremo Cervi. O Benfica mudava de figurino, com Samaris a surgir brevemente no papel de central. Porém, a projeção ofensiva da equipa deixou os 'encarnados' praticamente com uma linha de três elementos no setor recuado e Cervi como 'falso' lateral.
Sem conseguir exibir o acerto da primeira parte, ainda assim, o Boavista ameaçava a baliza de Ederson de cada vez que conseguia ultrapassar o meio-campo 'encarnado'. Aliás, o guardião brasileiro seria decisivo em mais do que uma ocasião a manter o Benfica 'vivo' no encontro.
Aos 53, Jonas reduziu a desvantagem para 3-2, na conversão de uma grande penalidade a punir falta sobre Cervi na área boavisteira, e alimentava ainda mais a esperança na Luz de uma reviravolta. Contudo, a reação 'encarnada' chegou somente para atingir o empate, que surgiu aos 67 com um autogolo de Fábio Espinho, que, num cabeceamento infeliz, traiu o guardião Agaev.
Com o jogo novamente empatado esperar-se-ia um derradeiro assédio à baliza do Boavista, mas Miguel Leal mexeu bem na sua formação e não deixou de espreitar o golo. Ato contínuo, os forasteiros tiveram mesmo ocasiões mais flagrantes para marcar do que os 'encarnados', que, numa demonstração de falta de clarividência, não voltaram a encontrar o rumo do golo.
O Benfica fecha assim a primeira volta da Liga com 42 pontos e pode ver os rivais FC Porto e Sporting reduzirem a distância para o topo da classificação. Já o Boavista, que justificou plenamente o ponto conquistado na Luz, soma 21 pontos e ocupa atualmente o 10.º posto na I Liga.
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