A Juventus de Turim pode incorrer em novas sanções desportivas e penais após o Ministério Público de Nápoles ter aberto um novo caso de corrupção desportiva no futebol italiano com base em investigações a Luciano Moggi.
O ex-director geral da Juventus e principal acusado no processo de corrupção desportiva italiana ''calciocaos'', que ditou a despromoção do ''colosso'' transalpino à segunda divisão e a subtracção de 17 pontos, tinha cinco linhas telefónicas consideradas ''seguras'' para comunicar com árbitros e quem os nomeava, esquema agora desmontado.
Estes novos dados motivaram a abertura de um novo processo do qual já foram extraídas 48 novas notificações que podem conduzir a um novo forte abalo no futebol italiano.
O antigo dirigente socorria-se de linhas de companhias telefónicas estrangeiras, nomeadamente Suíça e Luxemburgo: duas delas, usadas em períodos distintos, serviam para comunicar com dois elementos da comissão que designava os árbitros, Paolo Bergamo e Pierluigi Pairetto.
As outras três linhas, que também eram usadas com maior frequência nos dias anteriores à definição dos árbitros e no final dos jogos, serviam para comunicar com os árbitros que aderiram ao ''sistema'' de corrupção, bem como com o então director desportivo do Messina.
Além da bicampeã Juventus, no ''calciocaos'' também foram implicadas e sancionados o AC Milan, Lazio e Fiorentina (com 8, 11 e 19 pontos, respectivamente), embora só a equipa de Turim tenha sido despromovida.
LUSA