Baciro Candé, selecionador da Guiné-Bissau, mostrou-se hoje apreensivo quanto "ao poderio físico" dos Camarões, que a equipa guineense vai enfrentar na quarta-feira, no segundo jogo da Taça das Nações Africanas, que decorre no Gabão.
Baciro Candé disse ser preocupante a capacidade física dos camaroneses, mas referiu que os seus jogadores "têm bons argumentos" para a contrair.
"Na verdade, eles têm um poderio físico considerável, mas os meus jogadores têm bons argumentos técnicos, que vão colocar no campo para tentar ganhar o jogo", afirmou o selecionador.
O selecionador guineense reconheceu ainda que os Camarões têm também jogadores com "alguma qualidade técnica", mas apenas "nalguns setores". Os jogadores guineenses acreditam que podem alcançar um bom resultado, apesar de reconhecerem que têm pela frente "uma grande seleção africana e mundial".
O médio Piqueti Djassi, do Braga B, e o defesa Mamadu Candé, do Tondela, elogiaram de igual forma a seleção dos Camarões, mas afirmaram que os ‘djurtus’ estão com a moral em alta e preparados para o desafio desta quarta-feira.
"São uma grande seleção africana, mas nós também temos as nossas "armas" e não temos medo deles", afirmou Piqueti, que no primeiro jogo da CAN diante do Gabão não fez parte do onze inicial, vindo a entrar mais tarde para ajudar a Guiné-Bissau a empatar a partida a um golo.
O defesa esquerdo do Tondela Candé não saiu do banco na 1ª jornada, mas diz se pronto para jogar se for chamado por Baciro Candé. Sobre os Camarões, Mamadu Candé entende ser uma seleção composta por atletas "de classe mundial", mas diz que a Guiné-Bissau "também tem bons jogadores".
A Guiné-Bissau, única seleção lusófona presente na CAN2017, integra o grupo A, com Gabão, Camarões e Burkina-Faso.
É a primeira vez que os guineenses participam na fase final da Taça das Nações Africanas e o golo do defesa Juary Soares (Mafra) marcado contra o Gabão foi o primeiro do país na competição.