Novas regras financeiras no futebol chinês evitam venda de Jiménez

"Ainda ontem (terça-feira na china) estávamos preparados para contratar Falcao e Raul Jiménez, que estavam prontos para assinar, mas depois recebemos um aviso sobre as restrições nos salários e número de jogadores estrangeiros. Não tivemos opção, tivemos de mudar os planos”, lamentou Shu Yuhui.

Na segunda-feira, a federação chinesa anunciou que vai pôr um limite de três para o número de estrangeiros num jogo para a época que começa em março, de forma a travar os gastos milionários com "craques" estrangeiros.

Recentemente, o Shanghai SIPG pagou ao Chelsea 60 milhões de euros pelo médio brasileiro Oscar, enquanto o Shangai Shenhua garantiu o argentino Carlos Tevez, que vai auferir um salário de 19 milhões de euros por época.

Diego Costa, do Chelsea, Edison Cavani, do Paris Saint-Germain, Radamel Falcao, do Mónaco, e Raul Jimenez, do Benfica, eram alguns dos jogadores que estavam na mira para rumarem ao campeonato chinês.

“Houve negociações por Diego Costa. É verdade que pensámos nele, tal como no Cavani”, acrescentou.

Shu Yuhui admitiu ainda que, dadas as novas regras, o clube até poderá perder o seu maior craque, Luis Fabiano: “Ficámos desamparados. Estamos a discutir se ficamos ou não com o Fabiano”.

Os grandes gastos por parte de alguns clubes do futebol chinês causou algum impacto e alarme na Europa, com o treinador do Tottenham, Pochettino, a dizer mesmo que os clubes chineses tinham "partido" o mercado com contratações milionárias.

A federação chinesa diz que estas novas regras têm como objetivo ajudar a desenvolver o futebol na China, sendo que o líder do país, Xi Jinping, está determinado em colocar o país entre as superpotências internacionais.

A China está atualmente em 82.º lugar do ranking da FIFA, mas só se qualificou para um Campeonato do Mundo, em 2002, no qual não conseguiu vencer qualquer jogo.