Confrontada com a crescente violência dos adeptos ‘ultra’ nos seus estádios de futebol, a Suécia decidiu hoje proibir a ocultação do rosto nos eventos desportivos, exceto por motivos religiosos.
O Ministério sueco apresentou este projeto em junho e, a partir de 01 de março, será proibido 'dissimular toda a parte do rosto, de tal forma que seja mais difícil de ser identificado', sendo que os incumpridores podem ser punidos até seis meses de prisão.
Isentos desta obrigação estão 'pessoas que cobrem o rosto por motivos religiosos, ou aquelas que, por motivos de serviço, usem um equipamento especial', como os bombeiros ou polícia, precisa a lei.
Quando foi apresentada a proposta de lei, o texto causou grande polémica, com a polícia a defender que a sua aplicação vai trazer mais confusão do que clarificação.
«Pensamos que será complicado para os espetadores saber onde se situa o limite entre o autorizado e o que não se pode fazer», justificou o diretor jurídico da polónica nacional.
Lars Tonneman diz mesmo que será 'desnecessariamente difícil para a polícia no terreno determinar quando um rosto mascarado é uma expressão de convicção religiosa ou quando a pessoa evoca um falto pretexto'.
Argumentou ainda que 'raramente' encontra 'mulheres de burca em recintos desportivos'.
A Suécia tem visto regularmente os seus estádios de futebol serem palco de batalhas entre claques rivais de hooligans: em 2015, um adepto do Djurgarden morreu depois de ser atacado na rua por um rival do Helsingborg.