O passivo da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Belenenses terá aumentado 219 por cento, ou seja de 1.561.276 euros em 2004 para 4.973.446 em 2006, informou, hoje em comunicado, José Duarte Ferreira, candidato à presidência do clube.
Segundo o documento, a derrapagem financeira da actual direcção do Belenenses não se fica por aqui já que o passivo do clube terá tido, durante o mesmo período, um crescimento de 52 por cento, passando de 6.598.361 euros para 10.006.961.
José Duarte Ferreira aponta o dedo ao actual presidente, Cabral Ferreira, que acusa de ser o único responsável pela deficiente gestão do clube e de estar a ''colocar em risco a continuidade do Belenenses como instituição de primeira linha''.
''O Belenenses é gerido por uma única pessoa (Cabral Ferreira) e não por uma equipa, alguns vice-presidente estão muito tempo sem entrar nas instalações do clube. As decisões são todas tomadas somente por Cabral Ferreira. Nenhuma empresa ou clube de sucesso tem este modelo de gestão. Assim, é impossível ser bem sucedido e estamos condenados à falência'', lê-se no comunicado.
No rol de críticas à gestão de Cabral Ferreira, o candidato pela lista B revela que ''as dívidas a fornecedores e outros credores que continuam a aumentar, originado processos judiciais contra o clube, o que coloca os activos do Belenenses em risco de penhora permanente''.
''As dívidas alongam-se às Finanças e Segurança Social, com um total entre clube e SAD 3,5 de euros. Com esta situação, mesmo que o Belenenses tivesse dinheiro não podia ter os saldos bancários positivos porque corria o risco de serem penhorados'', revela José Duarte Ferreira.
No documento, José Duarte Ferreira anuncia que irá divulgar ao pormenor, estes e outros números, terça-feira, às 20:00, no Centro Cultural Casapiano, em Belém.
Ás eleições do Belenenses, agendadas para sábado, concorrem além de José Duarte Ferreira, o actual presidente, Cabral Ferreira, e o advogado Fernando Gouveia da Veiga.
LUSA