Crónica: Porto soma quinto triunfo seguido e mantém pressão sobre Benfica

Os ‘dragões' atravessam a melhor série de resultados no campeonato e passaram a somar 50 pontos, contra 51 do líder Benfica, após um embate em que estiveram irrepreensíveis defensivamente e criaram mais ocasiões de golo, aproveitando duas, por Soares, aos 36 minutos, e Diogo Jota, aos 85.

Já a equipa minhota somou o terceiro jogo consecutivo sem vencer e vai concluir esta ronda na quinta posição, com 35 pontos, com a possibilidade de ver o Marítimo, sexto, ficar a um ponto de distância, caso vença o Rio Ave.

Sem Hernâni e Marega, ambos emprestados pelo FC Porto, o técnico Pedro Martins encostou Hurtado à ala direita e colocou o ex-benfiquista Celis, que fez a estreia absoluta pelo clube minhoto, no meio-campo, tendo ainda substituído João Aurélio por Bruno Gaspar no lado direito da defesa.

A equipa ‘azul e branca’ também entrou em campo com duas substituições no ‘onze' que alinhou no ‘clássico' com o Sporting, da ronda anterior (triunfo portista por 2-1), aparecendo Herrera no lugar de Óliver, no meio-campo, e André André encostado à esquerda, em vez de Corona.

O equilíbrio marcou a primeira meia hora da partida, com Vitória e FC Porto dispostos a ter bola e a subir rumo à baliza contrária, mas igualmente empenhados em ceder o mínimo espaço possível para a construção do adversário.

A equipa de Nuno Espírito Santo progrediu no terreno com passes curtos, mas raramente entrou na área, à exceção de um remate de Maxi Pereira à figura de Douglas, aos oito minutos, ao passo que os vimaranenses saíram quase sempre em velocidade para o ataque, mas só ameaçaram as redes de Casillas num remate de longe de Rafael Martins, aos 11.

A toada de contenção rompeu-se apenas aos 36 minutos, quando o ex-vitoriano Soares inaugurou o marcador e fez o terceiro golo em dois jogos pelos ‘dragões', ao emendar a bola para o fundo das redes na antecipação a Douglas, depois de um remate mal direcionado de André Silva.

O golo portista ‘despertou’ a formação anfitriã, que, de imediato, atacou com mais agressividade e, até ao intervalo, acercou-se da baliza, ficando muito perto do empate num ‘tiro' de Raphinha que passou a centímetros do poste esquerdo, aos 45+1 minutos.

Em desvantagem, o Vitória assumiu as ‘despesas' do encontro no início do segundo tempo e chegou com perigo à área ‘azul e branca’ ao minuto 53, num cruzamento rasteiro de Raphinha em que Bernard e Rafael Martins falharam o desvio final.

O FC Porto, porém, ‘espreitou' sempre o contragolpe e quase dilatou a vantagem aos 58 minutos, quando Alex Telles ganhou espaço na esquerda e cruzou para o segundo poste, onde aparecia Soares para encostar, mas Pedro Henrique impediu o golo.

O ímpeto vimaranense esmoreceu aos poucos, com os ‘dragões', cada vez mais confortáveis na defesa e no controlo da bola, a criarem as melhores ocasiões até ao fim, num lance em que Douglas evitou o golo com uma dupla defesa, aos 74 minutos, e em duas tentativas de Diogo Jota, aos 77 e 78.

À terceira tentativa, contudo, o jogador ‘azul e branco’ não desperdiçou e, em posição frontal à baliza, colocou a bola por entre as pernas do guardião vitoriano, sentenciando o duelo, aos 85 minutos.