O Espanyol de Barcelona, carrasco do Benfica nos quartos-de-final, surge na linha da frente para chegar à final da Taça UEFA em futebol, depois de ter goleado o Werder Bremen, numa corrida em que estão também Sevilha e Osasuna.
Com um forte domínio espanhol na corrida à final de 16 de Maio em Glasgow, os alemães do Werder Bremen, equipa do português Hugo Almeida, surgiam como ''intrusos'', mas uma surpreendente derrota por 3- 0 em Barcelona pode ter deitado tudo a perder.
A equipa catalã, comandada por Ernesto Valverde, voltou a impressionar e, depois de ter afastado o Benfica (3-2 em Montjuic e 0- 0 na Luz), fez tremer a formação de Bremen, que surgia a par do Sevilha, detentor do troféu, como favorita.
Na primeira mão da meia-final, em Barcelona, o Espanyol conseguiu abalar as convicções germânicas - com Hugo Almeida no banco - e marcar três golos, por Moisés (20 minutos), Walter Pandiani (50) e Coro (88).
Um resultado que deixa a formação comandada por Valverde à beira de repetir a presença da final de 1988, onde então - também frente a uma equipa alemã (Bayer Leverkusen) - perdeu nas grandes penalidades, quando a final ainda se jogava a duas mãos.
Na ocasião, com Ernesto Valverde como jogador e Javier Clemente como treinador, o Espanyol venceu em casa por 3-0, mas na Alemanha perdeu por idêntico resultado e o desempate por pontapés da marca de grande penalidade foi favorável aos alemães.
Em Bremen, estarão cerca de mil adeptos do Espanyol e Valverde sabe que, apesar da vantagem de três golos, deve ter algumas precauções, numa equipa onde não poderá contar com De La Pena e Jonatas Domingos, lesionados, e Moisés e Pandiani, castigados.
Sem esses jogadores chave importa ver como os catalães conseguem defender a vantagem de três golos, que poderá ser crucial no assegurar da passagem à final, ainda que de regresso à equipa esteja o avançado Raul Tamudo, outra das apostas de Valverde.
Na outra meia-final, o Sevilha FC defende mais do que uma passagem à final da Taça UEFA, mas também a possibilidade de revalidar o troféu a 16 de Maio, em Hampden Park, Glasgow.
Na última temporada, os andaluzes fizeram história, ao golearem (4-0) na final os ingleses do Middlesbrough e ainda viriam a conquistar a Supertaça Europeia, batendo depois o FC Barcelona, vencedor da Liga dos Campeões.
Quinta-feira, em Sevilha, a equipa necessita de anular uma desvantagem de 1-0 trazida do terreno do Osasuna, mantendo-se em aberto as hipóteses das duas equipas, que na Liga espanhola se encontram separadas por 24 pontos.
O Sevilha FC (2º classificado no campeonato) protagoniza uma das suas melhores épocas de sempre, onde luta pela UEFA, Liga e ainda Taça do Rei, enquanto o Osasuna ocupa o 14º lugar do campeonato, uns pontos acima da ''linha de água''.
Para o jogo de quinta-feira, Juande Ramos tem a equipa na máxima força - o maliano Kanouté está de regresso -, enquanto Jose Angel Ziganda, no Osasuna, não poderá contar com Roberto Soldado, autor do golo da primeira mão, devido a castigo.
LUSA