O instinto de Mitroglou, marcador do golo, e um intransponível Ederson deram hoje ao Benfica o triunfo sobre o Borussia Dortmund, por 1-0, e vantagem nos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Após uma primeira parte em que quase não saiu da sua área e sentiu grandes dificuldades, o Benfica ganhou o encontro praticamente na única oportunidade de golo que criou, aos 48 minutos, num lance inventado pelo instinto do avançado grego, que ‘evitou’ uma defesa fácil de Burki e a transformou em golo.
Com menos posse de bola e muitas dificuldades de circulação, em especial na primeira parte, altura em que Pizzi e Fejsa foram ‘engolidos’ pela tática contrária, o Benfica pode depois agradecer a Ederson, que fez um punhado de grandes intervenções, destacando-se o momento em que, aos 58 minutos, parou um penalti de Aubameyang.
Apesar do jogo sofrido, em que Rui Vitória soube emendar a tática ao intervalo, povoando mais o meio campo com a entrada de Filipe Augusto, o Benfica parte em vantagem para a segunda mão, marcada para 08 de março, em Dortmund.
Sem Jonas, lesionado, Rui Vitória lançou mão de Rafa Silva para jogar nas costas de Mitroglou, colocando igualmente Salvio no lugar do castigado Zivkovic.
De resto, o treinador do Benfica manteve a mesma equipa que derrotou o Arouca (3-0), na última jornada da I Liga, com Ederson na baliza, atrás de Nelson Semedo, Luisão, que cumpriu 500 jogos pelas águias, Lindelof e Eliseu.
O meio campo era ocupado por Fejsa e Pizzi, com Salvio e Carrillo nas alas, atrás de Rafa e Mitroglou.
Contudo, à exceção de três boas iniciativas pela ala direita nos primeiros cinco minutos, o Benfica foi praticamente uma nulidade na primeira parte, sem capacidade de criar jogo, abusando no jogo direto de Ederson para os avançados, que raramente conseguiram segurar uma bola.
A culpa também foi da tática montada pelo treinador do Dortmund, Thomas Tuchel, que colocou a sua equipa a pressionar muito alto e com Dembele e Raphael Guerreiro a impedirem que Fejsa e Pizzi saíssem com a bola controlada.
Com Weigl quase sempre solto para começar a construção de jogo, o Dortmund ia trocando a bola com tranquilidade, quase sem pressão, à espera do momento certo para lançar a bola para as ‘flechas’ Dembele e Aubameyang, que, aos 10 minutos, surgiu isolado na cara de Ederson, mas atirou por cima.
Tal como no lance em que o gabonês surgiu isolado, o Dortmund voltou a criar perigo após uma perda de bola de Pizzi, aos 23 minutos, num lance em que a restante defesa encarnada foi muito lenta, mas em que Lindelof impediu que o remate de Dembele fosse para a baliza, após um cruzamento de Raphael Guerreiro.
O lateral português voltou a estar em destaque aos 38 minutos, ao aproveitar uma descoordenação entre Ederson e Fejsa para cruzar, com a bola a passar a menos de um metro da baliza, sem que Aubameyang chegasse.
Ao intervalo, percebendo a dificuldade do seu meio campo em ter a bola, Rui Vitória tirou Carrillo e lançou Filipe Augusto para jogar ao lado de Fejsa e Pizzi. Os encarnados entraram melhor, mais pressionantes e chegaram ao golo na única clara oportunidade que tiveram.
Aos 48 minutos, após a marcação de um canto, Luisão cabeceou para a baliza, mas Mitroglou ‘cortou’ a bola, que se encaminhava para as mãos de Burki, e sem ninguém na baliza fez o único golo da partida.
Após o golo, o Benfica recuou linhas, conseguiu impedir tantas posses de bola à entrada da área, mas, mesmo assim, sofreu para manter a vantagem, valendo um ‘gigante’ Ederson na baliza.
O guarda-redes brasileiro começou a brilhar aos 51 minutos, quando Dembele aproveitou nova hesitação da defesa encarnada, e viu, dois minutos depois, um desinspirado Aubameyang, isolado, atirar ao lado.
O brasileiro voltaria a surgir com duas defesas apertadas aos 56 minutos, a remates de Goetze e Piszczek, mas o grande momento surgiria dois minutos depois, quando, na sequência de uma grande penalidade, não caiu e parou o remate à figura de Aubameyang.
Mesmo sem conseguir circular tão bem a bola como na primeira parte, o Borussia Dortmund voltou a ter nova oportunidade clara, num remate à entrada da área de Pulisic, com a bola a desviar em Raul Jimenez, mas a ser desviada novamente pela mão do herói Ederson.
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