Crónica: Paços de Ferreira ‘voou’ para a vitória na cabeça de Welthon

O avançado brasileiro foi a figura do jogo, ao anotar os dois golos dos pacenses, ambos de cabeça, aos 24 e 64 minutos, somando agora 11 tentos no campeonato, os mesmos do compatriota Soares, do FC Porto, e a dois do também portista André Silva, que é segundo de um ‘ranking’ liderado pelo holandês Bas Dost, do Sporting, com 17.

Meyong reduziu para os sadinos no primeiro dos quatro minutos de compensação, na transformação de uma grande penalidade, a castigar uma alegada falta de Gégé na área pacense, fixando o resultado final.

Com este importante e merecido triunfo, os pacenses cimentaram o 14.º lugar, agora com 23 pontos, agora mais perto do Feirense (13.º, com 25) e distante dos lugares de descida, ocupados por Tondela e Nacional, este com um jogo por realizar, ambos com 14. O Setúbal, por sua vez, mantém 29, mas desperdiçou a oportunidade de melhorar o atual nono lugar, em igualdade com o Boavista.

Vasco Seabra, no Paços de Ferreira, devolveu a titularidade a Marco Baixinho e Filipe Ferreira, este último após lesão, e estreou na equipa inicial os reforços Filipe Melo e Medeiros, em substituição de Monteiro, Christian e Mateus, todos relegados para o banco de suplentes, e ainda Minhoca, por comparação ao jogo com o Estoril-Praia (derrota por 2-1).

No Setúbal, José Couceiro repetiu a equipa que empatou sem golos na receção ao Desportivo de Chaves, na última jornada, repetindo-se a aposta em João Carvalho, médio cedido pelo Benfica na reabertura do mercado de transferências, em janeiro, e titular pelo segundo jogo consecutivo.

Num jogo muito disputado, sobretudo a meio campo, mas quase nunca bem jogado e sem grandes oportunidades de golo (a primeira intervenção digna de registo de um guarda-redes foi protagonizada pelo pacense Defendi aos 58 minutos), os locais foram mais eficazes, face a um adversário que até começou melhor.

A tranquilidade classificativa favoreceu a formação do Vitória, mas a posse e as trocas de bola não tinham grande sequência e seria o Paços, com dificuldade em responder e na construção, a chegar com êxito ao golo, no seu primeiro ataque, graças a um cabeceamento oportuno de Welthon, na pequena área, após centro de Medeiros da esquerda.

A reação do Setúbal, novamente melhor no arranque da segunda parte, foi ténue e depois da defesa a dois tempos de Defendi, aos 58 minutos, a remate de Nuno Santos, seriam os locais a marcar de novo, novamente por Welthon e de cabeça, na sequência de um livre da direita e que contou ainda com um desvio de Marco Baixinho.

A partir daqui, o Paços, apoiado por milhares de adeptos nas bancadas, ficou mais confortável no jogo e o Setúbal, que pareceu acusar o golo, também não teve a resposta forte que se esperava, reduzindo apenas nos descontos, por Meyong, em campo desde os 68 minutos, na transformação de uma grande penalidade.