O Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) e a Câmara de Odivelas assinaram hoje um acordo, que visa a a cedência dos antigos terrenos do Odivelas Futebol Clube ao Sindicato, que pretende investir 1,5 milhões de euros.
O acordo estabelecido entre a Câmara Municipal de Odivelas e o SJPF prevê a requalificação e a criação de projetos desportivos naqueles terrenos, que integram o complexo desportivo de Porto Pinheiro.
Relativamente à requalificação está prevista a criação de dois campos sintéticos e um de relva natural, a remodelação dos balneários e a construção de salas de formação.
Durante a cerimónia, que decorreu ao início desta tarde em Odivelas, o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, afirmou que o sindicato 'sempre procurou por um espaço desta natureza' e que é o 'concretizar de um projeto importante para o futebol português'.
«É um espaço integrado onde se poderão desenvolver atividades de cariz mais social. Queremos que a Federação, a Liga e os clubes possam participar neste projeto», apontou.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS), sublinhou que o acordo com o sindicato 'é uma oportunidade ímpar de intervenção numa urbanização carente de espaços públicos e de lazer e uma forma de projetar Odivelas'.
«É um espaço que estava morto e que agora pode ter vida. O investimento de 1,5 milhões de euros que o sindicato pretende fazer vai ser essencial para a recuperação de uma área de excelência», apontou.
No entanto, esta cedência está a ser contestada pela atual direção do Odivelas Futebol Clube, instituição que está a atravessar por um processo de insolvência e reivindica a posse dos terrenos.
«Aquilo é uma parcela de terreno que foi doada ao Odivelas Futebol Clube. Nós reunimo-nos com o sindicato dos jogadores e alertámo-los para essa situação», referiu o presidente do clube, José Moreira.
O responsável do clube admitiu que possa vir a agir judicialmente no sentido de reverter este processo.
Além do Odivelas Futebol Clube a entrega dos terrenos ao SJPF é também contestado pela CDU.