Crónica: FC Porto passa no Bessa e mantém-se encostado ao Benfica

As duas equipas terminaram o jogo reduzidas a dez unidades, porque Henrique, que havia entrado na segunda parte para o lugar de Carlos Santos, saiu lesionado e Maxi Pereira viu o segundo cartão amarelo e consequente vermelho e foi expulso.

O FC Porto partiu para este jogo com André Silva sentado no banco, o que sucedeu pela primeira vez no campeonato, tendo Soares jogado sozinho no ataque, com Corona à direita e Brahimi à esquerda.

Já se sabia que o central Felipe estaria ausente, por estar castigado, e que Boly era o mais sério candidato a substituí-lo, tal como sucedeu.

Também houve uma grande novidade no Boavista, com o atacante peruano Iván Bulos a estrear-se a titular, por troca com o maltês Schembri, talvez pelo golo da vitória na ronda anterior, com o Feirense, e pelas boas indicações dadas nesse jogo.

Os 'dragões' tinham neste jogo um teste importante, pois vinham de um desaire caseiro para a Liga dos Campeões e encontravam-se a quatro pontos do Benfica, que já havia feito o seu trabalho, vencendo o Chaves (3-1)

O FC Porto dominou toda a primeira parte e justificou a vantagem com que foi para o intervalo, graças a um golo que começou a ser desenhado por Óliver Torres.

O espanhol 'descobriu' Corona num espaço vazio na defesa 'axadrezada' e o mexicano cruzou, tendo Soares feito o 1-0.

Senhor do meio campo e seguro em termos defensivos, a equipa de Nuno Espírito Santo controlou o jogo e raramente permitiu ao Boavista chegar com perigo à sua baliza.

A exceção aconteceu aos 30 minutos, num lande de futebol direto que Anderson Carvalho finalizou com um remate, que não deu golo porque Casillas efetuou uma grande defesa para canto.

Depois desse lance, o FC Porto beneficiou de três situações de grande perigo e de golo, duas por Brahimi, aos 34 e aos 38 minutos, e outra por Soares, aos 35.

Uma entrada dura de Talocha deixou Corona em mau estado e o mexicano já nem voltou para segunda parte.

Devido a esse lance, o intervalo começou com alguma confusão entre as duas equipas e o técnico portista, Nuno Espírito Santo, e o adjunto 'axadrezado' Alfredo 'pegaram-se' em pleno relvado, tendo ambos sido expulsos.

Na segunda parte, o Boavista tentou forçar o andamento e apostar nos duelos individuais e no futebol direto e foi deste modo que, aos 66 minutos, voltou a causar calafrios à defesa portista e a estar perto do empate, que não surgiu porque Marcano fez um corte providencial.

O FC Porto resistiu bem à forte pressão boavisteira e conseguiu manter a sua baliza a salvo, tanto assim que Casillas, no geral, não teve grande trabalho.

No lado contrário, Vagner também teve pouco que fazer, mas ainda apanhou um grande susto num remate forte de André André, aos 75 minutos.

Numa altura em que o Boavista procurava chegar ao empate, já com Schembri fazendo companhia ao Bulos, Henrique lesionou-se (81 minutos) e saiu e o Boavista passou a jogar com dez.

O FC Porto também acabou reduzido a dez, porque Maxi Pereira viu o segundo amarelo e consequente vermelho e foi igualmente expulso.