A Liga chinesa de futebol arranca este fim de semana com o Guangzhou Evergrande, de Scolari, à procura do sétimo título consecutivo, e com André Villas-Boas, no Shanghai SIPG, a tentar acabar com a hegemonia do técnico brasileiro.
A formação liderada pelo ex-selecionador de Portugal, que se estreia no domingo frente ao Beijing Guoan, quinto classificado na última época, volta a ter o estatuto de favorita, numa competição que esta temporada arranca marcada pelas contratações milionárias de jogadores e treinadores, que ultrapassaram os 400 milhões de euros.
Na China desde junho de 2015, Scolari acabou por mexer pouco no seu Guangzhou Evergrande, ao contrário dos seus principais rivais, mas manteve os brasileiros Paulinho, Ricardo Goulart e Alan, figuras determinantes na conquista dos dois últimos títulos.
Bem diferente fez o Shanghai SIPG, que ofereceu um salário milionário a André Villas-Boas e foi buscar Óscar ao Chelsea, por 60 milhões de euros, meses depois de ter trazido Hulk do Zenit São Petersburgo, a troco de 55 milhões.
Sem clube depois de se ter sagrado campeão europeu com Portugal, Ricardo Carvalho juntou-se à equipa liderada pelo antigo treinador do FC Porto e irá ser o único jogador luso nesta edição do campeonato chinês, já que Rúben Michael rumou para o Maccabi Telavive, depois de duas épocas no Shijiazhuang Ever Bright.
A estreia do Shanghai SIPG será no sábado, em casa, perante o Changchun Yatai, que tem como estrela o avançado nigeriano Odion Ighalo (ex-Watford)
Nos bancos de suplentes, Portugal vai também voltar a ser representado por Jaime Pacheco, que continua no Tianjin Teda, após o 11.º posto alcançado na última época.
O antigo técnico do Boavista, campeão português em 2000/01, conta com os nigerianos Obi Mikel (ex-Chelsea) e Brown Ideye (ex-Olympiacos) e arranca a prova também no sábado, no terreno do Shandong Luneng.
Ao Oriente, chegou também o argentino Carlos Tévez, que passou a ser o jogador mais bem pago do mundo no Shanghai Shenhua, com um salário anual de cerca de 38 milhões de euros.
O Hebei Fortune foi o emblema mais gastador, com um total de 77 milhões de euros, que inclui a aquisição do técnico chileno Manuel Pellegrini e do avançado Zhang Chengdong, antigo jogador do Beira-Mar e União de Leiria, que se tornou no futebolista chinês mais caro. Saiu do Beijing Guoan por 20,5 milhões de euros.
Destaque também para o Tianjin Quanjian, que foi buscar o belga Axel Witsel, que em tempos passou pelo Benfica, e o avançado brasileiro Alexandre Pato.
A contratação de um número elevado de jogadores fora da China levou os responsáveis pela liga chinesa a reduzir a utilização de estrangeiros em cada jogo de quatro para três.
Nesse ‘campeonato’, o Brasil lidera com larga vantagem, com 24 jogadores ‘canarinhos’ a iniciaram a temporada na China.