Paços de Ferreira e Tondela empataram hoje sem golos e mantiveram as distâncias entre si na luta pela permanência, para a 24.ª jornada da I Liga de futebol, num jogo dominado pelo receio mútuo.
Com este nulo, que nenhuma das equipas se empenhou verdadeiramente para desfazer, os pacenses igualaram o Feirense, derrotado no sábado pelo Benfica (0-1), no 13.º lugar, com 25 pontos, mantendo os mesmos nove de vantagem relativamente ao Tondela, que continua último, agora em igualdade com o Nacional, ‘esmagado’ no Dragão pelo FC Porto (7-0).
No Paços de Ferreira, Bruno Santos, castigado, cedeu o lugar no ‘onze’ a João Góis, sem jogar desde 16 de dezembro de 2016, na vitória caseira diante do Belenenses (1-0), na única alteração na equipa que empatou sem golos no reduto do Rio Ave, na jornada anterior.
No Tondela, Pepa operou uma ‘mini revolução’ na equipa inicial, sobretudo na defesa, com as inclusões de David Bruno, colocado à esquerda, e dos centrais Osório e Káká, ausentes por castigo do jogo com o Marítimo (1-1), tendo promovido ainda Wagner ao ‘onze’, em substituição de Pedro Nuno, a cumprir um jogo de suspensão.
Num jogo morno, as duas equipas respeitaram-se muito e temeram-se ainda mais, procurando evitar sobretudo a derrota, para manterem intactas as aspirações quanto à permanência no principal campeonato.
O Paços teve quase sempre mais bola, mas sentiu dificuldades em chegar ao último terço do campo, num domínio também consentido pelos viseenses, cuja estratégia passava por explorar o erro contrário e sair a jogar em transições rápidas.
Este receio mútuo tinha depois reflexos na qualidade do jogo e as oportunidades de golo na primeira parte resumiram-se a um livre de Welthon, aos 14 minutos, com Cláudio Ramos a ‘voar’ e a sacudir a bola para canto, no primeiro de dois remates enquadrados às duas balizas.
O outro remate pertenceu a Jonh Murillo, hoje sacrificado à estratégia de Pepa, mas saiu fraco à figura de Defendi, e foi ainda menos perigoso do que a tentativa de Pedrinho, solto no corredor central, aos 38, com a bola a sair perto do poste.
A situação não se alterou no segundo tempo, com o Paços mais dominador e o Tondela a espreitar o contra ataque, ficando sempre no ar a ideia de que mais cedo ou mais tarde um ou os dois treinadores iriam arriscar para tentar ganhar o jogo.
Puro engano. E seriam mesmo dois laterais a ficar perto do golo. Aos 68 minutos, Jaílson, de regresso à Capital do Móvel, podia ter desfeito a igualdade para o Tondela, mas, em boa posição sobre a direita, rematou por cima, respondendo os locais aos 79, na melhor jogada coletiva, com Vasco a servir Gégé à entrada da área e este, de calcanhar, a desmarcar Filipe Ferreira, para um remate cruzado que chegou a assustar.
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