Gianni Infantino, presidente do órgão que rege o futebol mundial, afirmou hoje que o decreto anti-imigração do presidente Donald Trump poderá impedir os Estados Unidos de se candidatar à realização do Mundial de futebol de 2026.
Os EUA são apontados como o principal favorito a organizar o Mundial2026, alargado de 32 para 48 seleções, quer como único anfitrião ou aliado a uma candidatura conjunta com os vizinhos México e Canadá.
Mas com Donald Trump a tentar banir e impedir cidadãos de vários países de maioria muçulmana a entrar no país, Gianni Infantino considera que os EUA podem nem sequer estar em posição de apresentar uma candidatura.
«Trump é o presidente dos EUA e, como tal, tenho um enorme respeito pelo que faz», disse Gianni Infantino, acrescentando que 'ele foi eleito para, juntamente com o Governo, tomar as decisões que entender serem as melhores para o país'.
No entanto, recorda Gianni Infantino, 'o papel da FIFA é o de assegurar que todas as equipas qualificadas para o Mundial, incluindo dirigentes e adeptos, tenham acesso ao país organizador, ou, caso contrário, não haverá competição'.
Gianni Infantino subscreve assim a posição já assumida pelo presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, de que o Mundial não pode ser disputado num país com claras imposições restritivas de viajar.