José Mourinho pediu hoje à imprensa inglesa para ''deixar os seus filhos em paz'', indignado com o que considerou ser um exagerado frenesim dos ''media'' relativamente ao caso que envolveu o Yorkshire Terrier da família.
''O que me magoa é o que se passou terça-feira com a minha família. Não eu, a minha família. Por favor, digam aos vossos colegas que deixem os meus filhos em paz, se me quiserem ajudar façam isso'', disse hoje o treinador do Chelsea, em declaração ao diário Sun.
Vários jornalistas continuam à porta da casa de Mourinho, que se confessa ''magoado'' com a situação, o que nunca acontece na sua actividade profissional: ''no futebol nada me magoa, nada''.
Segundo relata o Sun, Mourinho recebeu terça-feira um telefonema da sua mulher, quando estava numa cerimónia do Chelsea, dando conta de que a polícia pretendia apossar-se do cão, para que cumpra quarentena.
Mais tarde, Mourinho, que foi de imediato para casa, seria levado para a esquadra, acusado de obstrução, por não entregar o cão, entretanto dado por desaparecido.
O técnico português pagou a fiança para sair e posteriormente o seu porta-voz anunciou que o Yorshire Terrier tem ''todas as vacinas'' em dia'' e que a situação se deveu a ''um mal-entendido''.
Mourinho garante que o cão foi comprado a um criador em Inglaterra e tem todas as vacinas requeridas em Inglaterra.
A polícia (Scotland Yard) assegura que tem de cumprir as regras relativas a saúde animal e prevenção da raiva, já que o cão estaria de regresso a Inglaterra, após um período de permanência fora do país.
Segundo as regras em vigor em Inglaterra, os cães precisam de um passaporte de animal doméstico, que implica o implante de um microchip, vacinação contra a raiva, testes sanguíneos e desparasitação tanto externa como interna. O processo pode levar até seis meses para ficar concluído.
LUSA