O treinador português José Mourinho, que conquistou hoje a primeira Taça de Inglaterra de futebol ao serviço do Chelsea, acredita que os londrinos continuam a dominar internamente, apesar de perdida a Liga para o Manchester United.
Um golo solitário do avançado marfinense Didier Drogba, a cinco minutos do final do prolongamento, garantiu ao Chelsea a vitória sobre o Manchester United, o novo campeão inglês, e uma pequena desforra de Mourinho, que tinha ganho os dois campeonatos anteriores.
Pouco depois de ter conquistado, no novo Estádio de Wembley, o sexto troféu ao serviço dos ''Blues'', o segundo nesta temporada (após a Taça da Liga), Mourinho destacou que o Chelsea continua a ser a melhor equipa inglesa no total dos últimos três anos.
''Dominámos as competições nacionais nos últimos três anos e conquistámos seis troféus nesse período. É verdade que o Manchester foi campeão e que o Liverpool (2006) e o Arsenal (2005) também conquistaram a Taça. Partilharam-se os títulos, mas o Chelsea continua a dominar'', destacou o técnico português.
Questionado mais uma vez sobre a continuidade no clube londrino, José Mourinho insistiu que tem contrato assinado até 2010 e que ainda recentemente recebeu a garantia do director executivo, Peter Kenyon, de que continuará em Stamford Bridge.
''Considero Peter Kenyon um homem de palavra e não um mentiroso. Quando me diz que continuarei a ser o treinador do Chelsea, não tenho nenhuma razão para duvidar. Tenho muita honra em continuar, adoro o futebol deste país e não sei como acabar com as vossas dúvidas sobre este tema'', afirmou José Mourinho, dirigindo-se aos jornalistas.
Sobre a final de hoje, que terá frustrado as expectativas pelo fraco espectáculo proporcionado, José Mourinho voltou a recorrer ao pragmatismo e reconheceu que o rigor táctico prevaleceu em detrimento do futebol mais vistoso.
''Controlámos o jogo defensivamente e não oferecemos ao Manchester o estilo que mais desejavam. Antes da final, perguntei aos meus jogadores se preferiam divertir-se durante ou depois do jogo e eles responderam-me que preferiam divertir-se depois'', revelou.
A finalizar, José Mourinho não perdeu a refinada ironia quando lhe perguntaram sobre o cão que motivou esta semana um mediático desentendimento com as autoridades policiais, por o técnico português se ter recusado a ceder o Yorkshire para quarentena.
''Está em Portugal. Londres pode dormir tranquila. A grande ameaça já cá não está. Londres é novamente uma cidade segura'', brincou.
LUSA