Crónica: Benfica ‘tropeça’ em Paços Ferreira e fica com liderança ameaçada

Apesar da supremacia total no jogo, o Benfica não foi capaz de vencer a oposição de um Paços que teve a humildade de perceber a superioridade contrária e soube sofrer na defesa do empate, o quarto registado em 19 jogos entre as duas equipas na Capital do Móvel para o principal campeonato, o que já não acontecia desde 22 de setembro de 2006 (1-1).

O Benfica, agora com 64 pontos, falhou a sétima vitória consecutiva no campeonato, e, com este empate, a liderança ficou à mercê do rival e próximo adversário FC Porto, com 62, que recebe no domingo o Vitória de Setúbal, antes de se defrontarem no Estádio da Luz.

O Paços de Ferreira, que somou o quinto jogo consecutivo sem perder, igualou o Arouca, que tem menos um jogo, na 13.ª posição, agora com 27 pontos, cada vez mais a salvo da pressão dos últimos lugares.

Em mais uma final na luta pela liderança do campeonato, o Benfica, com Nélson Semedo no ‘onze’, após dois jogos de ausência (cumpriu castigo num e lesionou-se para o seguinte), cedo assumiu as despesas do jogo, com Pizzi, no regresso à ‘casa de partida’ da I Liga, a assumir a batuta, remetendo os pacenses para o seu meio campo.

O Paços, com Baixinho e Ivo Rodrigues no ‘onze’ como novidades em relação ao empate com o Nacional (1-1), na última jornada, defendeu com duas linhas bem próximo da sua área, fechando quase todos os espaços aos ‘encarnados’.

A exceção surgiu aos nove minutos, numa jogada de envolvimento iniciada pelo inevitável Pizzi e que passou Mitroglu e Jonas, antes de Salvio chegar ligeiramente atrasado ao centro da esquerda.

Parecia encontrada a chave desbloqueadora do jogo para o Benfica, mas as ameaças ficaram por aqui e até seriam os locais, aos 13 minutos, num lance parecido, a criar algum perigo junto da baliza de Ederson.

Eliseu ainda acertou no poste da baliza de Defendi, num remate de longe para mais tarde recordar, mas o jogo chegaria ao intervalo sem golos.

E sem golos continuou no segundo tempo, apesar de um maior atrevimento dos pacenses, a explorar as transições rápidas, com Ederson a ser chamado a mostrar serviço, em especial no livre direto de Welthon, um dos melhores do Paços, aos 63 minutos, respondendo com a defesa da noite ao pontapé colocado.

Aos 76 minutos, em novo contra-ataque, Ricardo Valente surgiu isolado sobre a direita, mas o lance foi invalidado por pretenso fora de jogo, num lance que no estádio deixou algumas dúvidas.

Com o aproximar do fim do jogo, o Benfica, já com Jiménez, Cervi e Rafa em campo, tentou um jogo mais direto, mas novamente sem resultados. Nos instantes finais, dispôs de dois livres próximos da área, com Jonas, no último lance do jogo, a desperdiçar a derradeira ocasião de golo, atirando de cabeça por cima da barra.