Fernando Santos: «A vitória foi muito importante mas não resolve muito»

“Esperava que a Hungria, de alguma forma, fizesse alguma contenção, porque a derrota para eles punha-os em situação difícil.

Para nós, a vitória foi muito importante, mas também não resolve muito. Ganhámos a primeira de seis finais e agora temos de ganhar as outras cinco para atingirmos o nosso objetivo, que é o primeiro lugar.

Quanto ao jogo, adaptámo-nos rapidamente à questão dos três centrais. Não permitimos que saíssem a jogar, que era a estratégia que tinham. Ajustámo-nos e, a partir daí, começaram a sair com bola longa, o que para nós era vantajoso.

Durante um período do jogo, estivemos um pouco lentos, tínhamos obrigação de circular mais rápido, porque sabíamos que os flancos eram uma alternativa forte para atacar a Hungria.

Também no jogo entrelinhas, estivemos um pouco menos bem na primeira fase do jogo. Faltou os segundos avançados entrarem no espaço ou os médios alas. Tivemos dificuldade em fazê-lo, e, quando o fizemos, foi com bola pelo ar, o que seria difícil com estes jogadores. Acabámos por marcar o primeiro numa jogada dessas, de entrelinhas.

Depois do golo, a equipa encontrou melhor os caminhos e fez o segundo e podia ter feito mais. Na segunda parte, voltaram ao sistema deles, mas a equipa teve sempre o jogo controlado. Fez o terceiro golo e ainda podia ter feito o quarto.

Acho que foi uma vitória justa, com coisas boas da equipa portuguesa. Podia ter sido melhor, mas teve coisas boas.

Chamei o João Mário e o Quaresma a pedir que jogassem mais entrelinhas, para que os laterais se pudessem soltar.

A equipa tem confiança, sabe o que quer em jogo, tem organização, está concentrada e sempre viva no jogo. Sabe que o futebol é muito difícil mas que tem capacidade para ganhar”.