A direção do Académico de Viseu negou hoje, em comunicado, o envolvimento de qualquer jogador do clube no processo ‘Jogo Duplo’, que levou à detenção de cinco futebolistas e de um elemento da claque Super Dragões.
Num comunicado publicado nas redes sociais, o clube beirão, que compete na II Liga, garante que 'o atual plantel do Académico encontra-se a funcionar em plena normalidade, não tendo sido efetuada qualquer detenção dos seus atletas', e que 'não houve qualquer diligência efetuada pela Polícia Judiciária junto das instalações do clube'.
Sobre a possibilidade de, entre os detidos pela PJ, se encontrar algum ex-jogador do clube, os responsáveis do Académico de Viseu acrescentam que a 'instituição demarca-se em absoluto dos atos por si praticados' e afirmam que 'o Académico de Viseu e toda a sua estrutura repugnam todos e quaisquer atos que visem falsear resultados desportivos'.
O Académico de Viseu colocou-se ainda 'ao dispor das autoridades competentes para prestar todo e qualquer apoio nas investigações caso sejam para tal solicitados'.
Este comunicado do clube viseense surge no dia em que cinco futebolistas e um membro da claque Super Dragões, afeta ao FC Porto, foram detidos no âmbito da operação 'Jogo Duplo', que investiga viciação de resultados no futebol, relacionadas com uma rede asiática de viciação de resultados.
As detenções (envolvendo três jogadores do Oriental, um do Penafiel e outro do Académico de Viseu) e a constituição de outros oito arguidos estão relacionadas com uma rede asiática de viciação de resultados, nomeadamente com ligações a empresários malaios, e que as ações investigadas dizem respeito sobretudo à época 2014/15, mas também à temporada 2015/16.
Em comunicado hoje divulgado, a PJ adianta que esta investigação surge no seguimento da primeira fase da operação ‘Jogo duplo’, na qual, em maio de 2016, foram detidas 15 pessoas e realizadas 31 buscas.