I Liga: Tondela – Estoril-Praia (declarações)

Pepa (treinador do Tondela): "[A derrota] É uma machadada, um golpe duro, mas fomos incompetentes. Foi o nosso pior jogo, a ansiedade tomou conta de nós, a ansiedade admito, mas o que não admito é chegarmos tarde a lances normais e temos de ser mais agressivos e hoje não o fomos. A nossa identidade e qualidade de jogo que temos tido hoje não a tivemos.

O jogo correu de feição ao Estoril, marcou cedo e enervou-nos mais. Mas a culpa é inteiramente nossa, como líder assumo-a e foi o nosso pior jogo. Não criámos as oportunidades que costumamos criar, nem tivemos a qualidade com bola que costumamos ter. Jogámos mal e é uma pena com estes adeptos todos e nós não correspondemos. Fomos incompetentes, começando por mim e só tenho de assumir, mas isto não acaba aqui. Faltam 21 pontos, custa-me muito este resultado e esta exibição, mas temos o abril e maio pela frente e trabalhar muito. O que aconteceu aqui não pode voltar acontecer. Não é só o resultado, mas o que colocámos em campo não chega, foi muito pouco.

Quando o coletivo não está todo em uníssono, numa entrega total do primeiro ao último minuto, não há hipótese. Este Tondela de hoje não tem hipótese. Agora o Tondela que já vimos e vamos voltar a ver, esse sim. Temos de refletir.

Quando nós não fazemos o nosso [trabalho], o que vale queixarmo-nos do árbitro? Errar, erramos todos. Temos de nos agarrar ao que não conseguimos fazer hoje e hoje foi o pior jogo".

Pedro Emanuel (treinador do Estoril-Praia): "Estávamos a cinco pontos do nosso adversário de hoje e também a cinco pontos dos adversários que estavam acima de nós. Hoje iríamos definir o que queríamos de facto para esta temporada. Ainda nada está decidido, mas esta almofada dá-nos outro tipo de confiança para os próximos jogos. Os jogadores sempre disponíveis para pôr em prática o plano que traçámos, não abdicaram dele ao longo dos 90 minutos.

Quem veio ao estádio também percebeu que o momento não é o ideal para as duas equipas disputarem um grande jogo de futebol, não foi um grande jogo de futebol. Foi um jogo disputado taco a taco, metro a metro e quem fosse mais eficaz iria ter a capacidade de conquistar os três pontos. Foi isso que nós fizemos, sempre tentando controlar a emoção, crescemos enquanto equipa. No final saímos satisfeitos porque ficámos com oito pontos de diferença para o nosso adversário direto de hoje e olhamos para o amanhã com um pouco mais de confiança.

Senti, desde o primeiro dia que cheguei, uma grande disponibilidade por parte dos jogadores e há, acima de tudo, um grande compromisso de todos pela causa que queremos defender: voltar a elevar o nome do Estoril.

Em alguns momentos do jogo podíamos ter assumido mais o jogo e concretizado um ou outro ascendente que tivemos. Acabaram por ser duas situações de grande penalidade. Fizemos o suficiente, tentámos controlar a bola, nem sempre da mesma maneira, com alguma ansiedade, mas a nossa vitória é justa".