Crónica: Feirense com reviravolta no Restelo soma terceira vitória seguida

O Feirense, que já tinha conquistado uma reviravolta na última ronda, diante do Desportivo de Chaves (3-2), sobe, assim, ao nono lugar, ultrapassando o Boavista e distanciando-se do Belenenses, que averbou o terceiro desaire seguido.

Ainda assim, o conjunto do Restelo procurou assumir as despesas do jogo desde cedo, acercando-se da baliza dos visitantes, mas sem incomodar verdadeiramente Vaná Alves, sendo que o primeiro aviso pertenceu mesmo ao Feirense, num remate de Luís Machado, que saiu ligeiramente ao lado.

O domínio territorial do Belenenses acabaria por dar frutos pouco depois do quarto de hora, na sequência de uma má abordagem do guardião dos ‘fogaceiros’: Vaná Alves não agarrou a bola e deixou que esta ressaltasse para o braço de Juanto, que não enjeitou a ‘oferta’.

As incursões do Feirense acabavam invariavelmente em remates de meia distância, mas sem perigo para Cristiano, enquanto os lisboetas ficavam perto do segundo tento cada vez que se aproximavam da área adversária, sobretudo devido à dinâmica imprimida por Florent e Miguel Rosa no lado esquerdo.

Além disso, Vaná Alves, que já tinha sido infeliz na partida que estas duas equipas disputaram para a Taça da Liga esta época, ia mostrando alguma insegurança, que só não foi capitalizada à meia hora porque nenhum jogador do Belenenses aproveitou a saída desapropriada do guardião.

Em cima do intervalo, os ‘azuis’ tiveram a possibilidade de aumentar a diferença, em duas situações: primeiro foi Juanto a desperdiçar soberana ocasião, quando tinha tudo para fazer o golo, antes de Miguel Rosa acertar na barra, quando tentava cruzar para um companheiro.

A falta de eficácia tantas vezes revelada pelo Belenenses esta temporada viria a ter consequências na etapa complementar, perante uma formação de Santa Maria da Feira que surgiu transfigurada, para melhor, e ameaçou o empate por intermédio de Vítor Bruno, Edson Farias e Luís Machado.

Desta forma, foi sem surpresa que surgiu o golo da igualdade, anotado por Edson Farias, à entrada para os últimos 20 minutos, aproveitando o espaço concedido pela defensiva contrária dentro área.

Pouco depois, Miguel Rosa obrigou Vaná Alves a aplicar-se, dando a sensação de que o Belenenses ia em busca de nova vantagem, só que, a um minuto do fim, Edgar Ié cometeu uma grande penalidade, por mão na bola, e permitiu que Etebo consumasse a reviravolta para os visitantes ao ‘cair do pano’.