O antigo diretor de comunicação do Benfica João Gabriel vai ser alvo de um processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol por declarações reproduzidas em diversos órgãos de comunicação social.
A queixa, apresentada pelo Sporting, envolvia ainda o próprio Benfica, o treinador Rui Vitória, o capitão Luisão, o responsável pelo futebol Rui Costa e os adeptos Rui Gomes da Silva e Sílvio Cervan, ex-dirigentes que não estavam na época 2015/16 inscritos na Liga, mas todos viram a sua situação arquivada.
João Gabriel infringiu o artigo 136.º do Regulamento Disciplinar da Liga que retrata a “lesão da honra e da reputação”.
“(…) Entendemos que, no caso vertente, a liberdade de ação crítica (designadamente a crítica objetiva) que assistia ao sr. João Gabriel foi amplamente ultrapassada, constituindo a declaração citada comportamento disciplinarmente ilícito”, refere o acórdão.
Em causa, declarações em 25 de novembro de 2015 nas quais diz, entre outras, que “os árbitros foram acusados de corrupção” por Bruno de Carvalho e que “em vez de agir judicial ou disciplinarmente contra quem fez essa acusação, deixaram-se condicionar ao ponto de errarem sistematicamente a favor do Sporting”.
“Hoje é mais difícil marcar um penálti contra o Sporting que Portugal cumprir com o seu défice externo”, reforçou o então responsável do Benfica, que critica igualmente o presidente da Liga de futebol pelos seus comentários às ofertas do Benfica a árbitros.
O FC Porto viu ser-lhe dado “parcial provimento” ao recurso interposto pelas multas do ‘clássico’ com o Sporting da 20.ª jornada, nomeadamente absolvendo o comportamento dos apanha-bolas: manteve-se a punição pelo “comportamento incorreto do público” e pela “inobservância de outros deveres” por parte dos ‘dragões’.
Em relação à receção ao Nacional, na 24.ª jornada, o clube 'azul e branco' também viu ser-lhe negado provimento e mantida a multa de 1.148 euros pelo comportamento incorreto do público.
José Mota, que à nona jornada treinava o Feirense, foi igualmente castigado em 230 euros por declarações após o final do jogo com o Desportivo de Chaves, enquanto o Moreirense pagará 1.922 euros por comportamento incorreto dos seus adeptos.