I Liga: Boavista – Paços de Ferreira (declarações)

Miguel Leal (treinador do Rio Ave): "Falhámos uma grande penalidade. Se tivéssemos marcado, o jogo era completamente diferente.

Depois ficamos um bocadinho nervosos e tivemos uma expulsão que acabou por nos condicionar toda a estratégia.

Jogámos para aí 60 minutos com dez, mas as duas melhores oportunidades de golo foram o penálti e a do Schembri.

Aqui e ali, fomos displicentes. Toda a gente tem de entrar dentro do campo para dar o seu melhor e lutar por mais, mas no cômputo geral estou satisfeito com o espírito de sacrifício dos jogadores.

Jogámos contra um adversário que sabe aquilo que faz e isso vai intranquilizando. Um ou outro assobio pode condicionar especialmente quem não está habituado a estes palcos e temos gente aqui que está a fazer pela primeira vez a fazer um campeonato regular na primeira liga e pode deixar-se afetar, mas isso faz parte do crescimento das equipas.

Deixo também aqui um lance para comentarem, porque tenho algumas dúvidas se não é falta sobre o Schembri [81 minutos]. Penálti não é, para, mim, mas falta pareceu-me.

Aqui e ali, senti alguma dualidade de critérios, especialmente na amostragem dos cartões.

Boavista já ultrapassou o segundo objetivo [fazer 35 pontos] e quer, pelo menos tentar igualar a melhor classificação da década, que foi o 10.º lugar. Pelo menos igualar, mas a nossa ambição e tentar superar".

Vasco Seabra (treinador do Paços de Ferreira): "Encaramos todos os jogos com vontade de os ganhar. Antes do jogo, para nós, é sempre mau um ponto. Queremos sempre jogar para os três e disputá-los com ambição e determinação para os podermos vencer. No final do jogo, continua a ser mau, porque queríamos levar os três.

Permitimos, além do penálti, uma situação ao Boavista. De resto, fomos uma equipa que impediu sempre a transição do Boavista, mesmo quando esteve reduzido a dez, e depois procurámos ter critério com bola, procurámos situações de finalização claras e limpas, mas não fomos tão agressivos quanto desejaríamos no último terço, porque até lá estivemos bem.

Tivemos três oportunidades claras de golo que não conseguimos fazer. Devíamos ter criado mais para conseguirmos levar os três pontos.

Por vezes, jogar contra dez parece ser simples, mas o Boavista é uma equipa organizada. Na primeira volta aconteceu-nos o mesmo, ficámos reduzidos a dez, e vencemos o jogo.

Fala-se dos 30 pontos que todas as equipas, quando a chegar a essa marca, começam a ficar mais ansiosas por a atingirem e por vezes procuram a segurança e o conforto dessa mete, nem que seja mais demorada para que ela possa acontecer.

Queremos ultrapassar a barreira dos 30 pontos porque, praticamente garante a manutenção, mas queremos olhar mais para cima, pontuar mais vezes e subir mais degraus.

O Welthon teve um traumatismo na perna direita, no treino de ontem [sexta-feira]. Hoje fez um treino de teste e não conseguiu recuperar".