A Somália poderá voltar a receber jogos internacionais, algo que não acontece há quase 30 anos, depois de o novo presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Ahmad Ahmad, incentivar hoje a ideia.
O dirigente chegou mesmo a propor hoje à Somália a organização de jogos particulares frente aos seus vizinhos do Djibuti, sugerindo que os mesmos poderiam disputar-se em Mogadíscio, cidade que recebeu o último jogo internacional em 1988.
O país tem vivido graves problemas políticos, de violência e caos, desde o início dos anos 90, primeiro devido à guerra civil e mais recentemente face a ataques associados ao grupo extremista islâmico al-Shabab.
A visita de Ahmad Ahmad ao país, levou a que o presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, solicitasse que a Somália voltasse a receber jogos de futebol internacionais.
O atual presidente da CAF, que derrotou nas eleições do último mês o camaronês Issa Hayatou, dirigente que estava à frente da Confederação africana desde também 1988, encontra-se a efetuar uma visita de dois dias à Somália, a sua primeira oficial.
«Organizar jogos particulares em Mogadíscio ajudará muito a encorajar o desporto e ajudar a Somália a reconquistar a sua glória desportiva. Pedi à Somália e a Djibuti que disputem o primeiro particular», referiu Ahmad Ahmad.
Ahmad prometeu também pedir ajuda às autoridades somalis na recuperação do maior estádio de futebol de Mogadíscio, com capacidade para 33.000 espetadores e atualmente ocupado pela União Africana, organização de ajuda presente no país.