Zdravko Mamic, ex-presidente do Dínamo Zagreb, do futebolista português Paulo Machado, acusado de desfalques milionários com a transferência de jogadores, como Luka Modric e Mateo Kovacic, insistiu hoje na sua inocência no início do seu julgamento, em Zagreb.
Para além de Zdravko Mamic, tido como o homem forte do futebol croata, o processo inclui ainda o seu irmão Zoran Mamic, ex-treinador da equipa, o ex-presidente da Federação de Futebol da Croácia (FFC), Damir Vrbanovic, e um funcionário do Ministério das Finanças.
Entre outros crimes, o Ministério Público aponta irregularidades na transferência de jogadores, envolvendo movimentos de dinheiros para paraísos fiscais, nomeadamente com as saídas do Dínamo de Modric para o Tottenham, em 2008, e de Kovacic para o Inter Milão, em 2013.
Os quatro implicados no processo de desfalque são acusados de ter provocado prejuízos de cerca de 15 milhões de euros ao Dínamo Zagreb e evitado pagar ao fisco 1,5 milhões de euros relativos a impostos.
De acordo com a acusação, Zdravko Mamic, que diz que as acusações “são uma mentira detestável”, terá desviado sete milhões de euros ao Dínamo Zagreb e seu irmão Zoran Mamic cinco milhões.
Zdravko e Zoran Mamic renunciaram aos seus cargos em 2016, após o Ministério Público croata ter aberto vários processos de investigação às alegadas fraudes, que levaram mesmo os irmãos à prisão preventiva por duas vezes.