Declarações dos treinadores no final do encontro Vitória de Setúval-Vitória de Guimarães (0-2), da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
José Couceiro (treinador do Vitória de Setúbal): "Não conseguimos ganhar porque não concretizámos. Houve lances decisivos que foram mal avaliados. Não vale a pena alongar-me. Foi ingrato. Perder o jogo pela diferença mínima era injusto, por dois, foi mau.
As nossas transições foram muitas vezes anuladas, O primeiro cartão amarelo foi aos 76 minutos. Vamos ter de fazer essa avaliação no final da época. Assim, vai ser difícil para nós. Claro que temos que marcar golos e melhorar esse capítulo. Há também outras questões que têm de ser analisadas de forma profunda. Tem de se criar um clima de maior confiança para os jogos.
Os bons jogos fazem-se com três equipas. A uniformidade de critérios disciplinares é importante. Não me refiro a este jogo, mas ao que tem acontecido noutras jornadas.
Fiquei satisfeito com a boa primeira parte. Faltou-nos paciência na segunda. Crescemos muito como equipa ao longo da época. Não consigo perceber algumas das manifestações de desagrado. A regra do Vitória neste século é acabar a prova de forma aflita. A regra tem de ser acabar de forma tranquila. E vai fazê-lo este ano. Para o ano que vem, isso também tem de acontecer. Começando a trabalhar mais cedo, preparamos essa situação.
Tenho que fazer o meu trabalho. Tenho contrato com o clube. Compete-me criar condições para o Vitória ter mais soluções. Só sobra o Frederico Venâncio da última vez que treinei o clube (2013/2014). Quero que haja alguma estabilidade. O Vitória de Setúbal tem de crescer estruturalmente e ter uma equipa B. É fundamental para o futuro”.
Pedro Martins (treinador do Vitória de Guimarães): “Sabíamos que íamos defrontar uma excelente equipa, muito bem orientada, que roubou pontos aos ‘grandes'. O Vitória de Setúbal é uma das melhores equipas a jogar futebol em Portugal e isso refletiu-se na primeira parte. Criou-nos problemas e sentimos muitas dificuldades.
Na segunda parte, foi mais equilibrado e fizemos dois golos. Fomos pragmáticos, jogámos com inteligência, critério e controlo emocional.
(Pensa no terceiro lugar?) Não. Olhamos para o próximo jogo. Nada está ganho. O campeonato vai ser disputado até ao último jogo. Não vamos facilitar, queremos muito esta posição (quarto lugar).
(Seis triunfos consecutivos igualam melhores registos: 89/90 e 95/96. Mais motivados?) O que dá motivação é o quarto lugar. É esse o nosso caminho. Não pensamos em recordes, mas no presente e futuro. Financeiramente, é extremamente importante a presença na Liga Europa.
Estamos bem e não é fácil derrotar-nos. Temos três finais pela frente. Queremos continuar o nosso caminho de forma abnegada. Não é fácil bater este Vitória.
(Como vê o facto de apenas dos dois Vitórias, Benfica, FC Porto e Sporting manterem os treinadores que iniciaram a época?) Não tenho memória do que aconteceu este ano. Foi excessivo. Há objetivos que são extremamente ambiciosos para a capacidade de determinadas equipas. Tem de haver algum equilíbrio, deve ser uma lição para todos os dirigentes”.
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