Crónica: Feirense vence em jogo com duas expulsões e um penálti falhado

Num dia em que a concentração de apostas voltou a fazer soar os alarmes, levando mesmo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a recusar apostas no 'Placard' para o jogo na Capital do Móvel e a anular as registadas, o Feirense, em bom plano a defender e mais eficaz a atacar, venceu pela primeira vez em Paços para o principal campeonato e ascendeu ao oitavo lugar, com 39 pontos.

Mais forte no arranque do jogo, o Paços, provisoriamente no 11.º lugar, com os mesmos 35 pontos, não conseguiu marcar, sofreu um golo num lance de bola parada e desperdiçou o empate, por Luiz Phellype, aos 78 minutos, na cobrança de uma grande penalidade.

A vitória no reduto do Belenenses (1-2), na última jornada, não segurou a titularidade de Rafael Defendi, hoje substituído por Mário Felgueiras na baliza do Paços, em cujo ‘onze' reentrou também, Gégé, após castigo, em substituição do lesionado Marco Baixinho.

No Feirense, a vitória caseira diante do Marítimo (2-1) também não inibiu Nuno Manta Santos de proceder a alterações na equipa inicial, optando por Babanco, Luís Aurélio e Paulo Monteiro para o jogo na Capital do Móvel, em detrimento de Flávio Ramos, Luís Machado, ambos relegados para o banco de suplentes, e ainda de Cris, que cumpre castigo.

Num jogo entre equipas tranquilas, começaram melhor os locais, embalados pela recente conquista da permanência, com várias ameaças de golo nos primeiros 10 minutos, mas Peçanha por três vezes levou sempre a melhor a Luiz Phellype, o mais rematador neste período inicial, destacando-se os reflexos do guarda-redes do Feirense a um pontapé acrobático do avançado brasileiro, após canto da direita.

Com a defesa subida e pressão alta, os pacenses recuperavam facilmente a bola a meio campo e desdobravam-se facilmente no ataque, não dando possibilidades ao Feirense, que defendia com uma linha de cinco elementos, de se organizar e explorar as transições rápidas.

O Feirense, que até protagonizou o primeiro remate, por Edson Farias, no minuto inicial, resistiu, adaptou-se e, a partir dos 20 minutos, equilibrou o jogo, conseguindo com alguma frequência levar e trocar a bola no meio campo pacense.

Com isto, o jogo perdeu velocidade e a bola passou a ser disputada longe das duas balizas, com exceção dos lances de bola parada. E seria na sequência de um canto, aos 50 minutos, que a igualdade seria desfeita na cabeça de Ícaro, para o Feirense, num lance em que Luíz Phellype falhou a cobertura e Mário Felgueiras, também, facilitou, ao não sair da baliza.

Mesmo com algumas unidades em quebra de rendimento e nem sempre com o melhor discernimento, o Paços reagiu e podia ter chegado ao empate aos 78 minutos, mas Luiz Phellype acertou no poste na cobrança de uma grande penalidade a castigar falta de Ricardo Dias sobre o avançado brasileiro.

O médio do Feirense viria a ser expulso mais tarde, à semelhança do que sucedeu com o pacense Barnes, com vermelho direto, aos 78 minutos.