O presidente do FC Porto disse que já estava à espera da acusação deduzida esta semana pela procuradora Maria José Morgado, coordenadora do grupo de investigação do caso Apito Dourado.
''Pela forma como foi reaberto o processo, anteriormente arquivado pelo Ministério Público (MP), toda a gente tinha percebido que o desfecho só poderia ser este'', afirmou Pinto da Costa, em entrevista ao semanário SOL.
Apesar da reabertura do processo, o líder dos ''dragões'', que esta época revalidaram o título nacional de futebol, não se mostrou preocupado, sublinhando que a sua única preocupação é ''resolver os problemas do FC Porto e continuar a ganhar''.
O presidente do FC Porto foi acusado, terça-feira, do crime de corrupção desportiva no âmbito das investigações do processo Apito Dourado ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora em 2004, conhecido como ''caso da fruta''.
Segundo fonte conhecedora do processo, além de Pinto da Costa, a equipa liderada pela procuradora Maria José Morgado acusou também o empresário de futebol António Araújo e os árbitros Jacinto Paixão, José Chilrito e Manuel Quadrado do mesmo crime.
O caso envolve, ainda, o vice-presidente da colectividade, Reinaldo Teles, e um outro árbitro, Luís Lameiras, que terá assumido que foi ele quem sugeriu que se arranjasse companhia de prostitutas - a ''fruta'' - para os três colegas.
Aquando da investigação do caso, Pinto da Costa havia afirmado que nunca forneceu prostitutas a árbitros, negando, assim, qualquer tentativa de corrupção do árbitro Jacinto Paixão, que apitou aquela partida da Liga de futebol.
O processo foi reaberto pela equipa de Maria José Morgado, depois de ter sido arquivado por falta de provas, na sequência de declarações da ex-companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado, que terá confirmado as suspeitas de corrupção naquele jogo.
O tema era já referido, ainda que sem detalhes, no livro por ela publicado em 2006, intitulado ''Eu, Carolina'', e no qual relata os seis anos em que viveram maritalmente.
LUSA