O lateral Diogo Dalot, do FC Porto, é uma das esperanças da seleção portuguesa para o Mundial de futebol de sub-20 e assume a ambição de alcançar o título, à imagem das conquistas em 1989 e 1991.
Na competição que arranca este sábado, na Coreia do Sul, a equipa orientada pelo selecionador Emílio Peixe é apontada como uma das favoritas, em virtude da quarta presença consecutiva na prova, do título europeu de sub-17 e do vice-campeonato europeu de sub-19, ambos no ano passado. O jogador garante, porém, que a responsabilidade de Portugal resume-se a "dar o melhor".
"Sentimos que é um momento importante para nós, um momento para conseguirmos ser felizes e dar o nosso melhor", afirma Dalot, não renegando o palmarés de relevo de Portugal nesta competição: "Essas vitórias foram fruto de muito trabalho e nós só temos de continuar esse trabalho que foi desenvolvido."
Sem esconder o "orgulho enorme" por integrar a lista final de 21 jogadores para o Mundial, o lateral-direito dos juniores portistas admitiu que gostava de repetir o feito do seu selecionador e conquistar também a prova, como Peixe conseguiu em 1991, na edição que decorreu em Portugal.
"Ele transmite-nos a vivência que passou, a experiência que adquiriu após o Mundial que disputou e incute-nos muito para darmos o nosso melhor e para aproveitar, porque é uma experiência única", destacou.
O jovem defesa Diogo Dalot, de 18 anos, foi um dos membros da equipa de sub-17 que se sagrou campeã europeia em 2016 e reforça agora a sua vontade de conseguir uma evolução perfeita com o título mundial na categoria de sub-20.
"Era um grande sonho para mim. É para isso que nós trabalhamos todos os dias, para alcançar feitos como esses. Espero um dia conseguir alcançar isso", frisa, relativizando ainda as diferenças que a comitiva vai encontrar na Coreia do Sul.
A estreia de Portugal na competição acontece apenas no domingo, frente à Zâmbia, seguindo-se a Costa Rica, no dia 24, e o Irão, no dia 27 deste mês. Apesar de não serem consideradas entre o lote de potenciais candidatas ao título, o lateral português alerta para a perspetiva de dificuldades na fase de grupos.
"São três seleções muito fortes. Acima de tudo, temos de as respeitar muito, porque, para estarem no Campeonato do Mundo, têm de ser três seleções com muita qualidade. Merecem o nosso respeito e o nosso cuidado", salienta.
O lateral cumpriu praticamente a época toda na formação de juniores do FC Porto, ao contrário de vários colegas seus que brilharam já na II Liga ao serviço das equipas B dos três 'grandes'. Contudo, Dalot não se deixa abater pela óbvia diferença do nível de intensidade e promete estar no topo das suas capacidades.
"Se estou aqui é porque tenho qualidade e bons indicadores para aguentar isso", explica Dalot, sublinhando que vai "trabalhar todos os dias" para conseguir uma oportunidade no plantel principal do FC Porto na próxima temporada, mesmo com a concorrência de Maxi Pereira e Layún. "São dois grandes jogadores, duas referências para mim", concluiu.