O presidente do FC Porto, Pinto da Costa é acusado de ter entregue um envelope com 2.500 euros ao árbitro de Braga Augusto Duarte dois dias antes do jogo entre o Beira-Mar e o Porto na época 2003/4, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.
Segundo a fonte, a acusação de corrupção desportiva que hoje foi entregue ao dirigente portista no âmbito das investigações do Apito Dourado baseia-se no depoimento da sua ex-companheira Carolina Salgado, que disse ter assistido à entrega do envelope ao árbitro quando este se deslocou à casa onde viviam.
O árbitro é, por seu turno, acusado de corrupção desportiva na forma passiva.
Segundo a fonte, Carolina Salgado afirmou, enquanto testemunha do processo, que Pinto da Costa a informou de que o envelope continha aquela quantia e que era para que o árbitro garantisse que ''tudo correria a favor do FC Porto durante o jogo''.
Carolina Salgado declarou ainda que foi ela mesma quem abriu a porta de casa ao árbitro e serviu ''um cafezinho'', tendo assistido à conversa entre os dois.
Nas declarações que prestaram à PJ, quer Pinto da Costa quer o árbitro de Braga confirmaram o encontro, mas garantiram que se tratou apenas de ''uma conversa entre amigos'', negando qualquer entrega de dinheiro ou pedido de favorecimento para o jogo de futebol.
O advogado de Pinto da Costa já afirmou hoje que a acusação tem por base um depoimento que é ''falso''.
A Lusa tentou ouvir a versão do árbitro Augusto Duarte, mas não conseguiu contactar o seu advogado, Marcelino Pires.
LUSA