Um total de 70 jogadores, cinco dos quais presentes nos quatro títulos, 12 em três, 15 em dois e 38 em apenas um, ‘escreveram’ o primeiro ‘tetra’ da história do Benfica na I Liga portuguesa de futebol.
Depois de ter falhado em 1938/39, 1965/66, 1969/70, 1973/74 e 1977/78, a formação ‘encarnada’, recordista de vitórias na competição, com 36 cetros, logrou, finalmente, o quarto título consecutivo, à sexta tentativa.
Os brasileiros Luisão, que arrebatou o seu sexto título, e Jardel, o internacional luso André Almeida, o argentino Salvio e sérvio Fejsa formam o quinteto dos ‘verdadeiros’ tetracampeões, como únicos que estiveram nos quatro cetros.
O ‘capitão’ Luisão, único sobrevivente das equipas vencedoras dos campeonatos nacionais de 2004/05 e 2009/10, é o recordista em termos de jogos (95), encontros como titular (95) e minutos disputados (7.743).
Por seu lado, o extremo Salvio é, entre os cinco, o melhor marcador, com 13 golos, e é o segundo em termos de jogos disputados, com 78, sendo que, em matérias de minutos (5.942) e embates como titular (65), Jardel secunda Luisão.
Dos cinco, André Almeida é a personificação do ‘pronto-socorro’: nunca foi titular indiscutível, mas atuou no ‘onze’ em várias posições, sobretudo como lateral direito ou esquerdo, mas também a meio-campo.
Quanto a Fejsa, é uma espécie de garantia que haverá título: nas últimas nove temporadas, conta... 10 cetros nacionais, entre Servia (Partizan, de 2008/09 a 2010/11), Grécia (Olympicos, de 2011/12 a 2013/14, época em que ainda cumpriu um encontro pelo conjunto helénico) e Portugal.
Entre os 12 jogadores com três títulos, nove fizeram parte do plantel 2016/17: Pizzi, Jonas, Eliseu, Júlio César, Samaris, Lindelöf, Lisandro Lopez e Paulo Lopes, que estava na equipa de 2014/15, mão não jogou, mais Gonçalo Guedes, vendido em janeiro ao Paris Saint-Germain por 30ME.
Quanto aos que partiram, destaque para um que deixou muitas saudades na Luz, o argentino Nicolás Gaitán, que contribuiu com 12 golos, em 78 jogos e 6.263 minutos. Rumou ao Atlético de Madrid, no qual não se impôs como titular.
Com dois cetros, o lote é de 15 jogadores e inclui seis do atual elenco, casos de Mitroglou, Nelson Semedo, Raúl Jiménez, Ederson, Grimaldo e Luka Jovic, este último com apenas 15 minutos disputados.
No que respeita a minutos de utilização, o conjunto de jogadores com dois títulos é liderado pelo avançado brasileiro Lima (5.140) e pelo lateral uruguaio Maxi Pereira (5.038), que a época passada rumou para o FC Porto.
Com participação em apenas um dos quatro títulos, surgem 38 futebolistas, entre os quais os atuais Cervi, Rafa, Zivkovic, André Horta, Carrillo, Filipe Augusto, José Gomes, Pedro Pereira, Kalaica e Hermes, mais Celis e Danilo, que saíram em janeiro.
Neste grupo de jogadores com um cetro, destaque para uma série de ‘craques’ produzidos no Seixal, como Renato Sanches (agora no Bayern Munique), Bernardo Silva (Mónaco), André Gomes (FC Barcelona) e João Cancelo (Valência).
Outros não foram feitos no Benfica, mas encantaram a Luz, como o argentino Garay, o hispano-brasileiro Rodrigo, os sérvios Matic e Markovic, o esloveno Oblak ou o paraguaio Óscar Cardozo, o melhor marcador estrangeiro dos ‘encarnados’.