O guarda-redes da seleção portuguesa de futebol, Rui Patrício, inaugurou hoje uma estátua que lhe presta homenagem, em Leiria, pela conquista do Campeonato Europeu, e desejou que a mesma sirva "de exemplo para os mais novos".
Instantes antes de destapar a estátua, o guarda-redes do Sporting lembrou que a sua ambição em criança era ser jogador de futebol.
"O meu sonho era ser jogador. É preciso sorte e há sempre momentos bons e menos bons", afirmou, desejando que a estátua seja "um exemplo para os mais novos não desistirem dos seus sonhos".
"Consigam sempre lutar pelos vossos sonhos. O mais importante é nunca desistir de nada", sublinhou, dirigindo-se aos vários milhares de pessoas que se concentraram à entrada da zona desportiva de Leiria, onde foi colocada a estátua.
Foi também aos leirienses que o guarda-redes dedicou a obra: “Quando entro em campo, Leiria também entra em campo. Represento Portugal e a minha cidade, e tento fazê-lo sempre da melhor forma”.
Por isso, Rui Patrício disse querer que “as pessoas de Leiria se revejam na estátua, porque também contribuíram para que fosse possível conquistar o troféu”, admitindo também algum nervosismo na inauguração.
"Isto não é fácil para mim. Sinto-me um bocadinho a tremer, porque é a minha cidade", disse Rui Patrício, cuja defesa a um remate do francês Antoine Griezmann - que segurou a vitória de Portugal nos derradeiros minutos da final -, serviu de modelo para a escultura de bronze, com seis metros, feita por Celestino Alves.
Rui Patrício, 29 anos, é natural da Matoeira, uma localidade da freguesia de Regueira de Pontes, no concelho de Leiria, e foi decisivo na conquista do primeiro Campeonato da Europa de futebol, em 2016.
O secretário de Estado do Desporto, presente na cerimónia, lembrou que Portugal ganhou pelo coletivo, mas destacou o mérito do guarda-redes.
"Não ganhámos o Campeonato Europeu por conta exclusivamente do Rui Patrício. Trabalhámos em equipa, como deve ser nestas circunstâncias. Mas deve-se ao Rui Patrício, indiscutivelmente, muito desta vitória que tivemos", disse João Paulo Rebelo.
Já João Vieira Pinto, diretor para as seleções da Federação Portuguesa de Futebol, considerou o momento "uma justa homenagem a um dos heróis nacionais".
"O Rui Patrício, de quem fui colega e agora sou diretor na seleção, tem tido um percurso exemplar. É um profissional exemplar", disse o dirigente.
João Vieira Pinto lembrou "a prestação enorme" do guarda-redes no Europeu: "Quantos de nós não vimos aquelas defesas que ele fez ao longo de todos aqueles jogos, muito difíceis? A segurança e tranquilidade que demonstrou foram fundamentais para o nosso sucesso".