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Nuno Espírito Santo deixa FC Porto sem ‘cumprir o destino’ de vencer

O treinador Nuno Espírito Santo deixou hoje a liderança do FC Porto, sem ‘cumprir o destino’ de vencer, numa época em que até pareceu capaz de o fazer, mas terminou com o maior ‘jejum’ da era Pinto da Costa.

Nuno Espírito Santo deixa FC Porto sem ‘cumprir o destino’ de vencer
Futebol 365

“Sinto que volto a casa, isso é inegável. É a minha casa. Toda essa emoção. Voltar para ganhar, para vencer, é sem dúvida o meu destino. E sabe muito melhor vencer no FC Porto”, disse Espírito Santo a 01 de junho de 2016, durante a apresentação como sucessor de José Peseiro.

Um ano depois, o treinador que antes passara por Rio Ave e Valência deixa o clube portuense sem inverter o ciclo negativo que já tinha começado muito antes de si, mas prolongando-o para números que o FC Porto nunca tinha conhecido desde que Pinto da Costa assumiu a presidência: quatro épocas seguidas sem festejar o título.

A primeira experiência como treinador de Espírito Santo num ‘grande’ do futebol português foi bem menos produtiva do que a anterior passagem como jogador do FC Porto, durante a qual conquistou vários títulos nacionais, uma Liga dos Campeões e uma Liga Europa, entre outros, ainda que, maioritariamente, como guarda-redes suplente.

Após um início de época a meio gás, o FC Porto reagiu - muito por força da chegada do brasileiro Soares, em janeiro -, chegou a ter a liderança à sua mercê, mas falhou sempre, terminando os últimos nove jogos com cinco empates e uma derrota, na derradeira jornada, frente ao Moreirense, que dessa forma assegurou a manutenção no escalão principal.

“Não fomos capazes de conquistar aquilo que todos pretendíamos, que era o título nacional. Agora é o momento de nos sentarmos e conversarmos porque o projeto FC Porto campeão exige muito trabalho da nossa parte, mas também responsabilidade de analisar e procurar o melhor futuro para todos”, afirmou o técnico, de 43 anos, após o jogo de Moreira de Cónegos.

A sequência final começou, precisamente, com a igualdade 1-1 concedida em casa frente ao Vitória de Setúbal, na 26.ª ronda, que impediu os ‘dragões de ultrapassarem o Benfica no comando da prova, um dia depois de os ‘encarnados’ não terem ido além de um ‘nulo’ em Paços de Ferreira.

Na jornada seguinte, os jogadores festejaram como se de uma vitória se tratasse o empate a uma bola obtido no estádio do rival lisboeta, que manteve as equipas separadas por um ponto, sem saberem que nunca mais estariam em posição de chegar ao fim da ronda isolados no comando.

O FC Porto viu, à distância de seis pontos, o Benfica festejar um inédito ‘tetra’, mas o campeonato foi apenas um capítulo da época desastrosas dos ‘azuis e brancos’, que resistiram apenas dois jogos na Taça de Portugal, tendo sido eliminados pelo Desportivo de Chaves na quarta eliminatória.

A vitória sobre a Roma nos ‘play-off’ de acesso à Liga dos Campeões augurava um bom desempenho, mas o segundo lugar no Grupo G, atrás do Leicester, ditou um confronto nos oitavos de final com a Juventus, que se impôs por 2-0 e 1-0, na caminhada para a final da prova, na qual vai defrontar o Real Madrid.

Na Taça da Liga, o resultado foi ainda mais dececionante: a equipa de Espírito Santo foi afastada logo na fase de grupos, terminando no último lugar uma ‘poule’ vencida pelo Moreirense, que viria a conquistar o troféu.

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