A defesa do guarda-redes Douglas ao penálti do Desportivo de Chaves, nos descontos da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal de futebol, assegurou a presença do Vitória de Guimarães na final com o Benfica, no domingo.
O guardião brasileiro adivinhou o lado para o qual o médio flaviense Braga cobrou o penálti, aos 90+1 minutos do jogo de 04 de abril, em Chaves, e impediu que o adversário, apesar do triunfo por 3-1, chegasse à final, prevalecendo o 2-0 alcançado pelos vitorianos na primeira mão, realizada a 01 de março, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Apesar de ter entrado no Estádio Municipal Eng.º Manuel Teixeira Branco, lotado, com dois tentos de avanço, marcados por Hernâni, a equipa de Pedro Martins perdeu a vantagem na primeira parte, após os golos de Perdigão, no primeiro minuto, e de Bressan, aos 33.
Os minhotos ficaram virtualmente arredados do Jamor, quando Nuno André Coelho cabeceou para o 3-0, aos 63 minutos, mas Marega, pouco depois, aos 65, colocou de novo o Vitória no ‘trilho' da sétima final da sua história, garantida em ‘cima da hora' pelas mãos de Douglas, o único elemento do plantel que esteve presente na primeira Taça ganha pelo clube, em 2013, na final com o Benfica (2-1).
Antes, os vimaranenses ultrapassaram, entre a terceira eliminatória e os quartos de final, quatro equipas de escalões diferentes, sempre pela margem mínima - o Santa Iria, do distrital de Lisboa (2-1), o Boavista, da I Liga (2-1, após prolongamento), o Vilafranquense, do Campeonato de Portugal (1-0), e o Sporting da Covilhã, da II Liga (1-0).
O percurso rumo ao Estádio Nacional arrancou no Campo do Sacavenense (concelho de Loures), a 16 de outubro de 2016, no jogo frente ao Santa Iria, em que os vitorianos chegaram ao 2-0, com golos de Bernard, aos 28 minutos, e Soares, aos 58, mas acabaram a ‘tremer', com o tento de Flecha, aos 90.
Os vimaranenses deslocaram-se, a 20 de novembro, ao Estádio do Bessa, para o duelo da quarta ronda com o Boavista, que terminou 1-1 no tempo regulamentar, após os golos do vitoriano Soares, de penálti, aos 27 minutos, e do ‘axadrezado' Schembri, aos 56, e apenas se resolveu no final do prolongamento, com um golo de Hurtado, aos 118.
O peruano selou o apuramento com um livre rasteiro, que bateu o guarda-redes Aghayev e desencadeou a euforia dos cerca de cinco mil vitorianos na bancada norte, logo atrás dessa baliza, antes do jogo terminar com ambiente tenso entre os jogadores de ambas as formações.
O Vitória estreou-se em casa nos oitavos de final, ante o Vilafranquense, a 15 de dezembro, num jogo com pouca história, em que Hurtado voltou a decidir, com um golo aos 61 minutos, enquanto, nos ‘quartos’, venceu no terreno do Sporting de Covilhã, a 18 de janeiro, com um remate de primeira de Hernâni, aos 79 minutos, num duelo com fases em que os serranos até foram superiores.