Um golo do capitão Luisão nos instantes finais com o 1.º de Dezembro, quando tudo indicava um prolongamento frente à modesta equipa de Sintra, abriu o caminho de triunfos do Benfica na Taça de Portugal em futebol.
A estreia, na terceira eliminatória, a 14 de outubro, colocou um adversário do terceiro escalão no caminho do clube com maior número de troféus (25) na competição, mas o Benfica hesitou, sofreu e só no final respirou de alívio (2-1).
O treinador Rui Vitória apostou num ‘misto’ de experiência e novatos, como José Gomes, Danilo Barbosa ou Celis – estes dois últimos saíram no mercado de janeiro -, e só um golo de Luisão evitou males maiores.
Já todos esperavam um prolongamento na emprestada Amoreira, após Danilo Barbosa ter marcado para o Benfica (50 minutos), e o neto do histórico José Águas e filho de Rui Águas, Martim, ter marcado para a equipa da casa (62, de grande penalidade).
Foi Luisão, num lance muito seu, que ‘salvou’ o Benfica, ao aparecer fulminante e mais alto, entre os centrais, para de cabeça dar a vitória ao Benfica e a passagem aos 16 avos de final da competição, aos 90+6.
Sem adversários de grande ‘montra’ no percurso até ao Jamor, o Benfica voltaria a encontrar outra equipa do Campeonato de Portugal, o Real Massamá nos oitavos de final, a 14 de dezembro, e uma vez mais fora de casa.
Também a equipa de Massamá precisou de jogar em casa emprestada, no Estádio do Restelo, num jogo que o Benfica resolveu com golos dos avançados Mitroglou (47 minutos e 81, de grande penalidade) e Raul Jiménez (85).
Antes, na eliminatória anterior, o Benfica tinha conseguido o seu maior triunfo nesta edição da Taça de Portugal e da época em todas as competições, com uma goleada por 6-0 na Luz ao Marítimo, a 19 de novembro.
A meia dúzia de golos voltaria a repetir-se, já nos quartos de final, também no Estádio da Luz, a 18 de janeiro, com as ‘águias’ a baterem o Leixões, da II Liga, por 6-2, com Mitroglou a apontar um ‘hat trick’.
Em 22 golos do Benfica na competição, o avançado grego não só é o melhor marcador da equipa ‘encarnada’, com nove tentos – ainda bisou nas meias-finais com o Estoril -, mas também de toda a edição nesta época da Taça.
Nas meias-finais, a duas mãos (28 de fevereiro e 05 de abril), o avançado deu preciosa vantagem no primeiro jogo na Amoreira (2-1), com o golo do triunfo muito perto do fim, aos 89 minutos, numa eliminatória em que mesmo assim o Benfica ‘tremeu’ na Luz.
No jogo, no início de abril, os ‘canarinhos’ ainda empataram a eliminatória, chegando ao 2-1, e tiveram momentos em que meteram o Benfica ‘em sentido’, estando perto do 3-2, valendo as intervenções do guarda-redes Júlio César.
No lado do Estoril, também o guardião Luís Ribeiro segurou a equipa, com um punhado de boas defesas, mas ao Benfica valeu Jonas, que entrara aos 69 e aos 72 faria o 3-2, embora o Estoril ainda chegasse a uma insuficiente igualdade a três golos.
No domingo o Benfica reencontra o Vitória de Guimarães na final da Taça, fase da prova em que os dois emblemas apenas se encontraram por uma vez na história, em 2012/13, então com o seu atual treinador, Rui Vitória, ao comando dos vimaranenses e numa final que as 'águias' perderam (2-1).