O Brasil “esmagou” o Chile por 6-1 e qualificou-se categoricamente para as meias-finais da Copa América em futebol, nas quais vai discutir o acesso à final com o Uruguai, vencedor face à anfitriã Venezuela (4-1).
Depois de não ter convencido na primeira fase, nomeadamente com uma entrada em cena desastrada (0-2 com o México), o conjunto comandado por Carlos Dunga esteve imparável nos “quartos”, resolvendo ainda na primeira parte a questão do apuramento.
Juan, aos 17 minutos, Júlio Baptista, aos 23, Robinho, aos 28 e 50 - já soma seis golos na prova -, Josué, aos 69, e Vagner Love, aos 85, apontaram os tentos brasileiros, enquanto Humberto Suazo marcou, aos 76, um tento sem honra para os chilenos.
“Foi uma derrota vergonhosa, com responsabilidades repartidas entre mim e os jogadores. Jogámos com pouca fé. Na realidade, quase não jogámos, limitámo-nos a ver o Brasil”, lamentou o seleccionador chileno, Nelson Acosta.
Os problemas da equipa do Chile começaram, aliás, bem antes do jogo, com o técnico a afastar cinco jogadores, entre eles o ex-sportinguista Rodrigo Tello, envolvidos num incidente com camareiras de um hotel venezuelano.
Este incidente afectou claramente o conjunto chileno e o Brasil não teve piedade: “a equipa jogou muito bem, teve velocidade pelas laterais, a defesa esteve firme e criámos muitas oportunidades. Esta vitória dá-nos confiança para a parte mais dura da prova”, disse o seleccionador brasileiro, Carlos Dunga.
O Brasil colocou-se em excelente posição para vencer a prova, até devido à tradição: na última década, os “canarinhos”, nos quais não alinharam o portista Helton e os “ex” Anderson e Diego, venceram a prova sempre que chegaram às “meias” (1997, 1999 e 2004).
Antes de pensar em revalidar o título, o Brasil tem, no entanto, de passar pelo Uruguai, que alcançou as meias-finais pela quarta vez consecutiva e é “rainha” da prova, com os mesmos 14 títulos da Argentina, ao superar claramente a formação da casa por 4-1.
A “estrela” do encontro foi o avançado Diego Forlan, jogador que vai trocar o Villarreal pelo Atlético de Madrid, rendendo Fernando Torres (vendido ao Liverpool), que inaugurou (28 minutos) e fechou o marcador (92).
“Sempre tive confiança nesta equipa. Estou contente, pois todos fizemos um grande jogo”, afirmou o avançado do Uruguai, equipa que contou no “onze” com o lateral portista Fucile.
Pablo Garcia, aos 64 minutos, e Christian Rodriguez, aos 86, marcaram os outros tentos dos uruguaios, enquanto Juan Arango apontou, aos 41, o golo que ainda deu esperança aos 42.000 esperctadores presentes no Estádio “Pueblo Nuevo”, em San Cristóbal.
Os outros dois jogos dos quartos-de-final realizam-se na noite de hoje, com o México a defrontar o Paraguai, do reforço benfiquista Óscar Cardozo, e a Argentina, do portista Lucho Gonzalez, a “medir forças” com o Peru, do bracarense Alberto Rodriguez.
LUSA