Crónica: Portugal goleia Nova Zelândia em jogo de muitas poupanças

Em São Petersburgo, Cristiano Ronaldo abriu a contagem aos 33 minutos, na marcação de uma grande penalidade, e chegou aos 75 golos pela formação das ‘quinas', número que coloca o avançado como o segundo melhor marcador de sempre de seleções europeias.

Ainda na primeira parte, naquele que foi o primeiro duelo de sempre entre os dois países, Bernardo Silva aumentou a vantagem, aos 37 minutos, e mais tarde André Silva, aos 80, e Nani, aos 90+1, confirmaram a goleada.

O extremo do Valência fez o seu 110.º jogo por Portugal igualou Fernando Couto no terceiro lugar dos mais internacionais.

A partida correu de uma forma quase perfeita à formação de Fernando Santos, que mesmo em modo de poupança (Ronaldo foi substituído aos 67 minutos) conseguiu assegurar a vitória no agrupamento, devido a ter melhor registo de golos que o México, e marcar encontro com o segundo classificado do Grupo B, na próxima quarta-feira, em Kazan.

A única ‘mancha' aconteceu com Pepe, que viu o segundo cartão amarelo no decorrer da segunda parte e vai falhar o jogo da meias-finais.

No novíssimo (foi inaugurado em abril) Estádio Krestovsky, Portugal apresentou-se com cinco alterações no ‘onze', em comparação com o jogo com a Rússia (1-1), com destaque para a estreia de Nelson Semedo, que rendeu o lesionado Cédric Soares, e para as 100 internacionalizações de João Moutinho.

Apesar de ter estado com síndroma gripal, Eliseu também apareceu na equipa titular, mas apresentou algumas debilidades. O lateral esquerdo mostrou-se lento, mas não foi único.

Toda a equipa de Portugal entrou ‘pesada' na partida, com um ritmo muito lento e sem conseguir chegar à baliza da Nova Zelândia. O primeiro remate só aconteceu perto dos 20 minutos e foi um cabeceamento praticamente inofensivo de André Silva.

O primeiro momento sério de perigo ocorreu pouco depois, aos 26 minutos, com Cristiano Ronaldo a acertar com estrondo na barra da baliza de Marinovic.

O capitão não fez o seu 75.º tento nesse lance, mas acabaria por alcançar número aos 33 minutos, na marcação de uma grande penalidade

Na marcação de um canto, Danilo foi agarrado na área e Ronaldo abriu a contagem para a seleção nacional.

A vantagem galvanizou a equipa de Fernando Santos e aos 37 minutos foi a vez de Bernardo Silva assinar o seu nome nos marcadores da partida.

Com toque magistral, Quaresma lançou Eliseu na esquerda, que deu a bola para o jogador do Manchester City encostar.

Bernardo Silva acabou por sair tocado do lance e ficou nos balneários durante o intervalo, dando lugar a Pizzi, que também se estreou no torneio dos campeões.

Tudo parecia estar a correr bem a Portugal até Pepe ver o cartão amarelo, por uma entrada escusada sobre um jogador da Nova Zelândia. O central vai falhar as meias-finais.

Rui Patrício, com um defesa em cima da linha, impediu Wood de reduzir para a Nova Zelândia, e a partir daí Portugal arrancou para um festival de oportunidades falhadas, com o guarda-redes neozelandês a destacar-se.

Marinovic impediu primeiro Cristiano Ronaldo e depois foi a vez de André Silva e Nani ‘esbarrarem’ no guardião que atua no terceiro escalão germânico.

O lance de Nani aconteceu poucos segundos depois do extremo ter rendido Cristiano Ronaldo, aos 67 minutos. Foi notório o desgaste do capitão da seleção nacional durante o tempo que esteve em campo.

Portugal acabou por construir a goleada nos instantes finais da partida, primeiro com André Silva a marcarem em estilo, aos 80 minutos.

Quaresma roubou a bola a meio campo, deixou-a em André Silva, que correu em direção à baliza e, depois de passar por uma defesa, atirou com sucesso.

Já nos descontos, aos 90+1 minutos, Nani fechou a contagem com um excelente remate de pé esquerdo executado já dentro da área.